Quem sou eu

Minha foto
São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
Professor, (psico)pedagogo, coordenador pedagógico escolar e Especialista em Educação.
Obrigado pela visita!
Deixe seus comentários, e volte sempre!

"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

Arquivos do blog

terça-feira, 13 de fevereiro de 2024

Estudar o amor pela Ciência.

 Como a paixão afeta o corpo?

Como o seu cérebro processa o amor? Por que, mesmo quando amava, fui infiel? Por que o trabalho pessoal é tão importante para estar bem em um relacionamento? O que acontece em nossa biologia e psique? Quanto tempo dura a paixão? Quais são as causas psicológicas da traição e da quebra de pactos?

Seja a paixão, o amor ou a infidelidade, quando o assunto é afetos, luxúria e romantismo abalam o nosso corpo através de hormônios, reações cerebrais e muita psicologia.

Passamos pela euforia, pelo otimismo, pela idealização, pela ilusão e pelo desejo intenso, fruto de estar imerso em um mar de hormônios.

Vamos às conclusões científicas:

·       O cérebro apaixonado é um cérebro cheio de neurotransmissores da felicidade e do prazer, um cérebro ofuscado, entusiasmado, quase cego. Vive-se em uma espécie de ilusão e vê-se o outro como perfeito;

·       A paixão ocorre muito mais na fantasia que temos um do outro do que em razão do outro em si. Sempre no início, quando estamos conhecendo a outra pessoa, relacionamo-nos com a imagem mental que começamos a criar dela, mais do que com quem o outro realmente é;

·       Há 3 tipos de amor ou fases neurobiológicas pelas quais o cérebro passa ao se sentir enamorado:

1.     A luxúria: é o impulso sexual, o desejo de gratificação sexual. Responde à necessidade biológica de reprodução e é caracterizada por ser regulada pela testosterona e pelo estrogênio.

2.     A paixão ou amor romântico: você se torna sexualmente possessivo, com o propósito de unir duas pessoas com força suficiente para começar a criar bebês em equipe. Essa fase aciona a liberação de dopamina, o neurotransmissor que estimula os centros de prazer no cérebro. A dopamina combinada com a norepinefrina pode nos fazer sentir cheios de energia e euforia. Normalmente, a paixão dura de 2 a 2 anos e meio. Depois disso, o encantamento diminui, e começamos a notar coisas que não gostamos. As mesmas coisas que inicialmente fizeram nos apaixonar tendem a ser rejeitadas (e essa rejeição, geralmente, fala de características e situações muito semelhantes a sequências ou experiências que vivemos quando éramos crianças em relação ao pai ou à mãe).

3.     O apego profundo a um parceiro: a sensação de calma e segurança que podemos sentir com um parceiro a longo prazo, uma fase governada principalmente pela ocitocina. O amor muda com o tempo. Torna-se mais profundo, mais tranquilo. Os casais não passam mais o dia todo conversando, nem dançam até o amanhecer. A paixão desenfreada, o êxtase, o anseio, o pensamento obsessivo, a energia intensificada: tudo se dissipa. Mas, se tivermos sorte, essa magia se transforma em novos sentimentos de segurança, conforto, calma e união com o parceiro.

·       Somos capazes de amar mais de uma pessoa ao mesmo tempo. Por que muitos amores? Porque esses tipos de amor são ativados em diferentes áreas de nosso cérebro, que não estão necessariamente conectadas. Então você pode sentir um forte apego a um parceiro de longa data e sentir um intenso amor romântico por outra pessoa, enquanto sente desejo sexual por pessoas que não têm relação com esses outros parceiros. Isso acontece porque cada experiência é controlada por diferentes áreas do cérebro que não estão bem conectadas entre si;

·       Diante desses desencontros é que entra a razão. Surge aí a necessidade de ter acordos claros dentro do relacionamento e respeitá-los;

·       Traição: a infidelidade depende muito do caso em particular, é difícil generalizar:

1.     Autosabotagem: há algo inconsciente em alguém que quer confirmar ou dar razões ao outro para mostrar que ele não é suficiente, ou que ele não pode, ou que não vale a pena;

2.     Paixão diminuída: o parceiro não nos chama mais atenção da mesma forma, e em vez de conversar, a pessoa vai buscar isso em outro lugar, talvez de uma maneira infantil. Quando não se tem as ferramentas adequadas para falar, a pessoa apenas segue o impulso;

3.     Reflexos: alguém pode ter se sentido traído, provavelmente quando era criança, e continuamente se protege da traição e, paradoxalmente, encontra como forma de proteção, trair e quebrar o acordo;

4.     Uma ocasião: a oportunidade de mostrar a um parceiro que algo precisa ser visto;

5.     Uma tendência: a pessoa basicamente sempre precisa do entusiasmo, da adrenalina, da ilusão.

Enfim, compreender e aceitar esses mecanismos de nossa biologia pode nos ajudar a viver nossos relacionamentos amorosos com mais consciência. Outro ponto importante é nos prepararmos para o amor, aprendendo a nos amar sozinhos: nos entendendo, cuidando de nós mesmos e curando nossa própria dor. Devemos aproveitar o tempo solteiros ou ter um tempo sozinhos quando em um relacionamento para nos compreendermos, nossos gostos e nossos valores. Afinal, quando aprendemos a nos amar, desenvolvemos habilidades como compaixão, empatia e paciência, qualidades que podemos usar para amar outra pessoa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário