Política de otimização e adaptação das atuais refinarias, sem
comprometer seus potenciais. Desafio!
Ainda que, gradativamente, no futuro haverá menor demanda por combustíveis fósseis. Logo, as refinarias precisarão estar mais integradas com a indústria petroquímica para produzir, também, produtos como olefinas, aromáticos, hidrogênio e metanol, que continuarão a ter grande demanda.
Algum resquício de bom-senso ocorreu na Cúpula do Clima da ONU (COP-28), finalizada em dezembro nos Emirados Árabes Unidos. Quase 300 países decidiram colocar em marcha a transição entre combustíveis fósseis e combustíveis limpos. A questão é que não foi fixado prazo para essa transição nem punição para eventuais transgressões. Mas...
Por causa dos efeitos cada vez mais chocantes das mudanças climáticas, por toda a parte, os movimentos ambientalistas ganharam força para pressionar seus respectivos governos para apressar o desmonte da indústria do petróleo. Este fator impõe importantes mudanças nos negócios das refinarias. Os parques atuais deverão ser submetidos a amplos processos de modernização, de maneira a consumir menos recursos energéticos e poder processar bioprodutos, entre eles os biocombustíveis.
Não se trata em acabar de vez com o modelo atual das refinarias. Seria estupidez econômica e social. Porém, algum resquício de inteligência ambiental exige que, enquanto a demanda por petróleo permanecer elevada, esses empreendimentos precisarão se adequar para reduzir e mitigar as emissões de carbono no processamento de petróleo bruto, até que se tornem unidades dedicadas de biorrefino.
Sendo assim, o governo Lula deseja, acertadamente, aumentar a capacidade de refino, pois o Brasil está exportando petróleo bruto e não se beneficia com os melhores preços dos produtos refinados. O desafio é modernizar as refinarias, algumas entregues abaixo do preço ao capital estrangeiro no governo do inelegível.
Refinaria é um
bem precioso e estratégico. As convencionais levam entre 5 e 7 anos para serem
construídas e mais de 30 para se pagarem. Geram muito lucros e são visadas pelo
mercado mundial que teme enfrentar o ócio das que existem. Cabe o mercado
interno saber proteger e investir nas suas.
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