Quem sou eu

Minha foto
São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
Professor, (psico)pedagogo, coordenador pedagógico escolar e Especialista em Educação.
Obrigado pela visita!
Deixe seus comentários, e volte sempre!

"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

terça-feira, 30 de janeiro de 2024

Luta contra a pobreza.

Mais justiça, menos desigualdade...

“Se 2022 foi o ano da incerteza, 2023 é o ano da desigualdade. Como em outras crises, quem mais sofre é quem menos pode”.

Por que os meios de comunicação mostram deslumbramento por personalidades de êxito financeiro excepcional? Bilionários como Elon Musk (US$ 204,5 bilhões de fortuna, dono da Tesla, SpaceX e X, antigo Twiter), Bernard Arnault e família (US$ 207,8 bilhões, donos da LVMH) ou Jeff Bezos (US$ 181,5 bilhões, fundador da Amazon) vivem despertando encanto sobre gente comum...

O contraste de renda é tão abismal que, em vez de indignar pela injustiça, fascina pelas dimensões, como se o mundo estivesse coberto de maravilhas. Ou, o que pode ser pior nos tempos que correm, demonstram o interesse dos meios eletrônicos de informação em atender a uma demanda crescente, e talvez algo mórbida, por irrelevâncias ou banalidades. Buscam-se “likes”, em detrimento da informação de qualidade, que ajuda a formar a cidadania.

Os 5 bilionários mais ricos do mundo mais que dobraram sua fortuna desde 2020, enquanto 60% da humanidade ficou mais pobre (5 bilhões de pessoas). Se o cenário geral não mudar, em 10 anos teremos o primeiro trilionário, mas só conseguiremos acabar com a pobreza em 230 anos! Hoje, cerca de 700 milhões de pessoas em todo o mundo vivem em situação de extrema pobreza, com renda inferior a US$ 2.15 (cerca de R$ 10,60) por dia. A pandemia da Covid-19 teve efeito terrível sobre a renda global, fazendo o número de muito pobres crescer quase 10% entre 2019 e 2020. A nível de Brasil, 4 dos 5 bilionários brasileiros mais ricos aumentaram em 51% sua riqueza desde 2020; ao mesmo tempo, 129 milhões de brasileiros ficaram mais pobres.

Toda essa concentração de riqueza tem um legado histórico. Mesmo com o fim formal do colonialismo, as relações neocoloniais com o Sul Global persistem, perpetuando desequilíbrios econômicos e manipulando as regras da economia em favor dos países ricos. Ou seja, grande parte da riqueza nasceu da escravidão e da expropriação sistemática dos povos indígenas. Os ricos no norte global não surgiram por acaso.

Os super-ricos do mundo criaram uma nova era de poder corporativo e monopolista que garante lucros exorbitantes e também controle sobre as economias dos países (controla salários, preços da comida, sistemas de saúde e muito mais). Essas corporações e seus bilionários alimentam as desigualdades pressionando trabalhadores, negando direitos, evitando o pagamento de impostos, privatizando o Estado ou os serviços públicos e destruindo o planeta (colapso climático).

Enfim, o poder público precisa intervir na máquina corporativa de produzir desigualdade. Um mundo mais justo e menos desigual é possível se os governos redesenharem os mercados para serem mais justos e livres do controle de bilionários. Se quebrarem monopólios, derem mais poder aos trabalhadores, tributarem as corporações e os super-ricos e, principalmente, investirem em uma nova era de bens e serviços públicos.  





















Nenhum comentário:

Postar um comentário