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São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
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"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

A sociedade dos anéis.

 “Democracia é a pior forma de governo que existe, à exceção de todas as outras” (Winston Churchill).

Nós, brasileiros, somos capazes de feitos extraordinários quando nos unimos em torno de objetivos comuns. Três exemplos estão aí: 35 anos da volta das diretas para Presidente, 30 anos do Real e a tripla eleição vitoriosa de Lula.3, com seu espírito público e senso de união.

Qualidade de uma democracia vibrante, o povo é capaz de reconhecer que há questões de interesse nacional que se impõem às diferenças político-ideológicas que possa haver entre os cidadãos. Quais sejam: reativar direitos políticos elementares, recuperar o valor da nossa moeda, derrotar a inflação, varrer resquícios da ditadura militar, minimizar desigualdades, fortalecer a eleição de líderes políticos à altura dos desafios do nosso tempo, saber fazer negociações políticas, ter engajamento social, formar equipe altamente qualificada com credenciais técnicas e republicanas... E o nosso Lula, capaz de nos dar a dimensão do desafio a ser enfrentado e dos sacrifícios que precisam ser feitos em nome do alcance de um objetivo coletivo: acabar com a fome e minimizar as desigualdades sociais, varrer o bolsonarismo e fortalecer a democracia pela educação e pelo combate à violência.

Sim, é pela educação e vida ativa democrática que os cidadãos podem deixar de ser seduzidos pelo discurso fascista e largar agrupamentos em identidades políticas estreitas e inflexíveis. Vencer esse contexto das redes sociais rasas em que crenças particulares insistem em se sobrepor à verdade factual.

Hoje, há ameaças, tensões, conflitos ou guerras em praticamente todas as regiões do planeta, causando mortes, destruição e disrupções nas cadeias produtivas. Isso expõe a insistência dos governantes em adotar políticas contrárias aos interesses de seus próprios países, se deixando pautar por egoísmos e equívocos, trocando a serenidade da reflexão pela precipitação. Aliás, na maioria das vezes, a banalidade dos interesses políticos imediatos ou pessoais foi a causa de guerras que marcaram a história da humanidade. Interesses sobrepõem-se à defesa de valores fundamentais.

Os conflitos armados em andamento chamam nossa consciência (Rússia-Ucrânia; Israel-Hamas; e outros tensos como EUA-China; Venezuela-Guiana). Será que não aprendemos nada com as duas grandes guerras, com a guerra fria, com a polarização? Quando vamos entender que atitudes, pequenas ou grandes, atingem a todos? Até quando aceitaremos soberanos buscando mais soberania, por meio de conflitos armados? A premissa de que “a paz é uma concessão do mais forte” prevalecerá?

O atual panorama global resgata o termo “efeito borboleta”, oriundo da teoria do caos: pequenas mudanças de uma sistema local podem gerar consequências significativas e em larga escala em lugares distantes; e também ruins, pois crises econômicas em uma região podem repercutir em todo o mundo, afetando mercados globais e empregos. Com a globalização, esse “efeito” ganhou maior estrutura. Com a internet, musculatura e voz. Decisões políticas em um país podem desencadear reações em cadeia em termos de relações internacionais, comércio global e estabilidade econômica.

Tudo isso lembra que a vida é resultado de causa e efeito. Fruto de escolhas boas ou más; sábias ou insanas. Prestemos atenção no bater das nossas asas. Por palavras, ações ou omissões, somos nossos efeitos. Daí que o senso de responsabilidade precisa predominar e evitar o mal maior. Precisamos lutar incansavelmente e permanentemente pelos princípios democráticos e da diplomacia por meio pacíficos. Uma jornada que homens de bem têm de fazer juntos. 

Neste mundo complexo, a solução política pela guerra é insustentável. Provoca ódio e radicalismo extremos. Transforma corações e mentes. Além de ser cara em vidas, é danosa em termos econômicos, com sequelas que se perpetuam por gerações. As nações precisam ser conduzidas com coerência e respeito a princípios e valores, como liberdade e democracia, ambas a exigir vigilância e exercício contínuos. O posicionamento contra invasões territoriais e terrorismo tem de ser claro, firme e inegociável. Compadrios e objetivos políticos circunstanciais não podem prevalecer.

Apesar de vivermos na era da informação, é preocupante o nível de distração e comodismo das pessoas. Em alguns países, a maioria dos cidadãos parece pouco preocupada. São pessoas que estão voltadas para si, caso característico de norte-americanos e brasileiros. Só reagem mediante as consequências, como aumento do custo de vida e desemprego. O autoritarismo, que depende da alimentação constante de seus agentes e subjugação perene de boa parte da população, não é sustentável. 

Avesso aos conflitos e com uma política externa historicamente pacifista e em prol da concórdia, o Brasil tem reafirmado sua aposta na paz. Esse é o único modelo de convivência capaz de proporcionar condições de desenvolvimento para todos os povos. 

Enfim, já que a sociedade brasileira é capaz de feitos extraordinários quando decide se unir em torno de propósitos comuns, fiquemos juntos para afastar a extrema direita do país.

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