Existe a idade cronológica e a idade emocional. A primeira pode ser similar entre todos, mas a outra difere porque cada um tem o seu grau de amadurecimento sócio e afetivo.
Tal qual uma tela impressionista, há uma infinidade de nuances que compõem o nosso quadro de vivências e é isso que vai determinar a forma como agimos ou reagimos diante da vida. Todos nós adultos trazemos crianças dentro de nós e nem sempre elas se manifestam nas horas mais adequadas diante dos outros.
Se compararmos várias pessoas de uma mesma idade biológica, chegaremos à conclusão de que a idade emocional de cada uma delas difere, pois cada uma vivenciou de forma completamente diferente aquele tanto de tempo até chegar àquela marca. Esbarramos em pessoas adultas com comportamento infantilizado ou em crianças com comportamento tido como muito mais amadurecido do que o esperado para sua idade cronológica ou ainda em jovens de noventa anos e velhos de vinte. Portanto, achar que devemos agir sempre conforme a idade que temos é muito superficial.
Logo, é muito fácil – e até tentador – julgar o comportamento dos outros conforme os nossos padrões e as nossas vivências para produzir um amontoado de ruídos e desconexões. Assim, se investirmos todo o tempo dedicado a julgar o comportamento alheio para melhorar a nossa forma de agir e reagir diante da vida, nos tornaremos pessoas infinitamente melhores e mais sociáveis. A vida se torna mais leve e evoluímos quando nos conectamos nas emoções do outro, para além da sua percepção física.
Enfim, elimine os ruídos, engula ou cuspa no vaso sanitário os preconceitos da sua idade e aumente a conexão!
Agir é um reflexo de tudo aquilo que acumulamos
durante a nossa caminhada, os nossos aprendizados do percurso, compostos como
colcha de retalhos pelas alegrias e tristezas vivenciadas, as escolhas que
fizemos diante das situações que nos foram apresentadas, os lugares que
visitamos, aquilo que comemos ou deixamos de comer e que influenciou no nosso
desenvolvimento físico e mental, a família em que estamos inseridos, as pessoas
com as quais interagimos, os laços de afeto que estabelecemos, o contexto em
que fomos criados, as músicas que ouvimos e os livros que lemos, os nossos medos
e os nossos traumas...
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