A tendência contemporânea é da estúpida intolerância ideológica. Isso explica o conturbado planeta em que nos encontramos. Enquanto isso, problemas mais dignos de nossa atenção e ação vão passando despercebidos: o esforço coletivo para acabar com o flagelo da fome e o crescente e temerário aquecimento global.
Claro que não vamos concordar sempre e liberdade de pensamento será sempre uma das mais altas conquistas do ser humano. Firmes na defesa do Estado de Direito e dos valores democráticos podemos e devemos problematizar nossa esperança cidadã. Debater com serenidade e aprender a escutar com respeito opiniões contrárias. E o voto, sempre, como instrumento maior da soberania popular e a possibilidade sempre de aprimoramento das nossas instituições.
Entretanto, não haverá democracia substancial enquanto perdurarem as gritantes desigualdades sociais. O povo precisa de postos de trabalho, transporte coletivo gratuito ou acessível, produção e acesso cultural e comida na mesa. Afinal, a pobreza contribui para a produção de populismos extremistas e radicais que ameaçam as bases em prol de uma elite inescrupulosa por dinheiro e poder.
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