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Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

terça-feira, 23 de janeiro de 2024

Bolsonaro, Congresso e Lula.3

Recapitulando a Política.

“Ele (Bolsonaro) não tinha governança; quem governava era o Congresso” (Lula). 

Bolsonaro:

·       Na época, Bolsonaro desistiu de influenciar as decisões do Congresso (nem se incomodou com a perda do controle dele);

·       Entregou ao Centrão a negociação do Orçamento. Ampliou o uso de emendas como moeda de troca com o Legislativo;

·       Abriu mão de um poder que o Executivo já havia perdido, para manter uma base partidária fiel;

·       Seu interesse: formação de uma base militar e popular, por meio das redes sociais, que lhe permitisse dar um autogolpe;

·       Tinha a maioria que impediria qualquer tentativa de impeachment;

·       Os partidos da massa heterogênea de políticos lhe foram fiéis na campanha eleitoral.

Congresso Nacional:

·       Em ano eleitoral, o Congresso aprovou um valor recorde de R$ 53 bilhões de emendas de comissão dos parlamentares, além de R$ 4,9 bilhões para fundo eleitoral (o dobro da eleição de 2020);

·       Esse tipo de verba dá mais poder às cúpulas da Câmara e do Senado, que usam as emendas para conquistar mais influência entre os parlamentares;

·       O controle do Congresso é dos partidos do Centrão. Assim, as vitórias passam a ser dos congressistas e não do governo Lula.

Lula:

·       Venceu a eleição com a mais estreita margem de votos dos últimos anos;

·       Herdou um Congresso adverso;

·       Tem sido obrigado a engolir sapos de diversos tamanhos (derrubada de vetos e derrotas em votações no Congresso);

·       Não tem força política para impor-se diante da maioria conservadora nas eleições, já que a popularidade não se compara ao que já foi.

·       Tem realizado ações políticas que independem do Congresso, como decisões à esquerda na política externa e a retomada da atuação do BNDES na política industrial;

·       A estratégia de Lula foi ceder espaço nas eleições municipais, com menos candidatos próprios, e procurar uma convivência melhor com os partidos tidos como aliados e ter mais segurança nas votações.

·       O PT não tem quadros suficientes para tentar fazer muitos prefeitos e vereadores nas próximas eleições municipais;

·       O PT está desistindo de ter penetração nacional como partido e procura alianças com mais força estadual.

·       Mesmo que essa grande aliança dê certo na maioria dos estados, e aliados vençam as eleições, não será uma vitória do PT. Ele, em muitos casos, apenas pegará carona.

·       Ou seja, a situação do PT está difícil e complicada como nunca. Do lado da direita, existem forças políticas de oposição muito fortes.

·       O PSD está se transformando numa espécie de PMDB de antigamente, com cobertura nacional, apoios diversificados e situação mais importante que o PT no plano nacional.


CONCLUSÃO PARCIAL:

A herança de Bolsonaro está viva no Congresso conservador e tem sugado a autonomia do governo Lula. O choque de forças tem feito coincidir muitos interesses genuínos do governo com a visão conservadora majoritária herdada na Casa. A exemplo, uma reforma tributária cheia de concessões. Isso enfraqueceu a força da popularidade de Lula para eleger prefeitos e vereadores e o PT tem menos condições de pautar as coisas no Congresso – precisa fazer acordos. Ou seja, o PT está com dificuldades em ser o grande partido nacional que já foi, situação que gostaria de manter, mas sozinho sem base será difícil. Com o controle do Congresso pelos partidos do Centrão, as vitórias passam a ser dos congressistas, e não do governo Lula. As votações têm mostrado a independência dos partidos aliados, que não têm compromisso com os valores petistas. Quando o PT controlava o Congresso por meio de emendas e negociações que muitas vezes eram negociatas, os partidos envolvidos não tinham poder político, seguiam o líder. Hoje, não precisam do líder para aprovar ou derrotar propostas e têm força para derrubar vetos quando bem lhes aprouver. Mas, há o brilho do protagonismo que vem quando o foco é cuidar de gente, investir no social e preocupar de verdade com o próximo. 

Enfim, a política é dinâmica. Vamos apostar na estratégia de Lula! Vamos fazer a nossa parte para ajudar!!!


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