Uma Abin paralela de Bolsonaro.
“Eu não vou esperar foder a minha família toda, de sacanagem” (Jair Bolsonaro).
Na gestão Bolsonaro, a Abin foi transformada numa máquina operada por homens de confiança do diretor-geral, Alexandre Ramagem, para bisbilhotar rivais e buscar informações para proteger a família do presidente. Um particula “sistema de informações” instalado dentro do governo, financiado pelo contribuinte, para xeretar opositores e blindar seu grupo político.
A máquina usou software espião FirstMile para explorar estruturas, recursos humanos e dinheiro público para monitorar sujeitos sem qualquer pertinência com as suas reais atribuições institucionais.
Obviamente, não foi de graça. A trama envolveu delegados, agentes da PF, servidores e um sistema comprado por R$ 5 milhões. A máquina escolheu alvos políticos: monitorou um jantar do então presidente da Câmara, Rodrigo Maia, mandou um drone para a vizinhança do então goverandor do Ceará, Camilo Santana, e buscou elos de ministros do STF com o PCC. Também trabalhou para ajudar o clã Bolsonaro a fugir da polícia. Um grupo levantou informações contra auditores da Receita para anular a investigação da rachadinha de Flávio. Outro servidor recebeu ordens para buscar provas que pudessem salvar Jair Renan de suspeitas de tráfico de influência. E por aí foi...
Enfim, os podres
vindos mais à superfície. Afinal, foi a suposta “qualidade” do serviço que
parece ter levado a PF a usar a palavra “inteligência” entre aspas no relatório
do caso.
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