Edição mais recente da principal pesquisa educacional do mundo, o PISA mostra as consequências da pandemia no aprendizado. E problemas crônicos da educação no Brasil.
Ele é realizado pela OCDE (um grupo de países ricos que organiza a prova, tem como média 31%) com 690 mil estudantes em 81 países, com prova aplicada a cada 3 anos com alunos de 15 anos. No Brasil, 599 escolas com 10.798 estudantes participaram (73% da rede pública e 27% da rede privada). A última prova realizada no Brasil foi em 2022.
Resultados:
· Caiu a média geral de todos os países analisados;
· O Brasil ficou estagnado, e com notas baixas;
· A qualidade da educação está diretamente relacionada à
mão de obra que chega no mercado de trabalho;
· O Brasil ocupa a 65ª posição em Matemática, 52ª em
Leitura e 62ª em Ciências.
· Há também uma percepção mais negativa sobre o ambiente
escolar: jovens brasileiros relatam mais solidão, bullying e distração. Também
a violência nas escolas e as dificuldades de se garantir a atenção dos
estudantes com o uso da tecnologia em sala de aula e maior distância na
percepção de acolhimento no ambiente escolar. Ou seja, o fracasso nos
resultados de desempenho estão relacionados com a crise de convivência na
escola.
· Quer melhorar a Educação do
município? Menos politicagem e mais compromisso na continuidade dos projetos e
programas. As prefeituras precisam priorizar a continuidade das políticas
públicas por diferentes governos. E mais volumes de recursos, melhor
aplicabilidade, investimento na formação de professores, aumento da carga
horária acompanhada de infraestrutura e valorização salarial, maior diálogo com
os municípios, estímulo às prefeituras, escolas e equipes que apresentem
melhroes resultados.
· Hoje, 6 em cada 10 professores brasileiros foram
formados em cursos EAD. O Ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou que
cursos de licenciatura 100% à distância serão extintos. Pretente ir no caminho
da ampliação do tempo integral nas escolas, o aperfeiçoamento do Novo Ensino
Médio, a bolsa para reduzir evasão escolar e a nova política de alfabetização
na idade certa. Investir em uma política de convivência nas escolas, incluindo
o tema na formação dos professores, na estruturação de ações que transformem as
escolas em espaços de pertencimento e investindo em equipes multidisciplinares
de proteção e sustentação aos alunos que mais precisam.
· É preciso colocar mais dinheiro do
PIB na Educação. O gasto brasileiro, incluindo os três níveis de governo, fica
em torno de 5,4%. Vamos botar 10%?
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