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"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

terça-feira, 26 de dezembro de 2023

Inclusão, produtividade e sustentabilidade.

Caminhamos na direção de 3 megatendências –as transições energéticas, demográficas e tecnológicas.

O Banco Mundial sugere um contrato social que combine as demandas entre esquerda e direita. Na esquerda, a demanda típica por inclusão e cidadania; na direita, a exigência por produtividade. O futuro necessário: crescimento sustentável.

Para ativar esse círculo virtuoso de inclusão, produtividade (cidadania) e sustentabilidade, o País precisa corrigir distorções históricas – refletidas nos “muitos Brasis” – que determinaram a distribuição desigual de ativos e a disfuncionalidade das instituições que governam seu uso. Ao mesmo tempo, precisará transformar megatendências – como as transições energéticas, demográficas e tecnológicas – em oportunidades.

Essa construção de um novo contrato social perpassa por três focos:

1.     Ampliar a confiança na capacidade do Estado de entregar suas promessas (através de mecanismos de governança que melhorem a responsabilização e transparência);

2.     Ampliar a confiança das pessoas na capacidade do Estado de mantê-las seguras (reduzindo fatores de risco sociais e individuais da violência e implementando intervenções que viabilizem a resolução pacífica de conflitos);

3.     Reduzir a fragmentação social (diminuindo a disseminação de desinformação e promovendo reformas que construam confiança, cidadania e inclusão).

Diante disso, 6 áreas críticas merecem reforma:

1.     Ampliar a produtividade no setor privado para promover o crescimento sustentável;

2.     Preparar a educação para fechar lacunas entre habilidades e empregos;

3.     Fortalecer a relevância e sustentabilidade dos sistemas de proteção social;

4.     Remodelar uma política fiscal limitada;

5.     Melhorar o acesso à infraestrutura;

6.     Construir um sistema tributário mais equitativo e eficaz.

Os 200 anos de Brasil independente tem muito que de celebrar e lamentar.

Celebrar:

·       A restauração da democracia, em 1988;

·       Mercados mais abertos e inclusivos;

·       Plano Real que estabilizou a macroeconomia;

·       Brasil economia de renda média alta entre as 10 maiores do mundo;

·       Ampliação da igualdade e da proteção social;

Lamentar:

·       Ainda assim, o Brasil é só 11% tão rico quanto os EUA, por exemplo;

·       Enfrentou uma recessão que enfraqueceu o mercado de trabalho;

·       Aumentou a pobreza, a desigualdade e dívida pública;

A depender do sucesso ou fracasso dessas medidas, o Brasil está sujeito a 4 cenários:

1.     “A Distopia Brasileira”: perpetuaria o círculo vicioso de baixa produtividade, baixa inclusão e degradação ambiental. Por falta de reformas, os serviços desiguais e o desemprego alto estimulariam convulsões sociais, incentivando políticas populistas e clientelistas;

2.     “A Estagnação Unida”: seria o progresso somente na inclusão. Mas o foco na redistribuição seria insuficiente para o crescimento do País em um mundo altamente tecnológico e produtivo;

3.     “A Grande Divisão”: seria o progresso só na produtividade. As elites enriqueceriam, mas os pobres seguiriam na vala comum do desespero, onde cairiam porções crescentes das classes médias. As tensões sociais e tentações autoritárias cresceriam, prejudicando o potencial para o comércio global e investimentos;

4.     “A Usina de Energia Latino-Americana”: o País proveria acesso igual à infraestrutura e mercados de crédito. As divisões sociais diminuiriam, fundando os alicerces para reformas ambiciosas. Com um contrato social forte e o crescimento inclusivo da produtividade, os benefícios das mudanças tecnológicas e de uma melhor educação seriam sentidos por todos. O Brasil manteria sua diversidade – social, econômica e política –, mas os muitos Brasis se aproximariam e progrediriam juntos.

Enfim, o futuro do Brasil é incerto, mas as megatendências globais podem ser transformadas em oportunidades e está nas mãos dos brasileiros aproveitá-las para construir uma Nação mais produtiva, inclusiva e sustentável.

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