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As
eleições municipais são sempre um estímulo adicional para a aprovação de gastos
sem qualidade;
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Os
sinais de desaceleração da economia têm encorajado os defensores do gasto
público a retomar a carga por medidas do passado, a reeditar tentativas de
driblar a regra fiscal e apostar em estatais como motor de desenvolvimento;
· No exterior, os conflitos entre Rússia e Ucrânia e Israel e Hamas continuarão a dominar o cenário internacional, bem como as incertezas sobre a economia nos EUA, Europa e China.
· O mundo assiste incrédulo às preparações para as eleições americanas. Se Trump vencer e voltar ao poder, acontecerá um impacto profundo tanto na democracia americana quanto na ordem mundial.
· No mundo, uma revolução tecnológica – que inclui internet, redes sociais, smartphones e inteligência artificial – dá mais poder aos indivíduos e, portanto, dificulta a vida de qualquer instituição cujo trabalho inclui controlá-los. As energias sociais que estavam adormecidas e foram liberadas nos ameaçam com o caos (adeus consenso moral, tchau certeza no progresso, descrença na bondade do homem e na democracia).
· A loucura pode estar só começando em 2024: as pessoas não veem mais os mesmos programas de TV, nem estudam mais o mesmo currículo e pouco menos votam nos mesmos partidos. O novo normal acabou com os bons e velhos tempos. A divisão se impõe o tempo todo e, junto com ela, o populismo.
· A “loucura” está aí, não irá embora e não dá para proibi-la. É preciso mergulhar de vez nas novas águas e aprender a jogar o jogo do debate público, alargando nossa concepção do que é aceitável.
· Será impossível acabar com as fake news, mas será necessário entender porque tanta gente está tão ávida por acreditar nelas e aprender a conquistar a confiança do público.
· A tecnologia não retrocederá. O controle da opinião e da informação não é mais possível. A casta dos especialistas não mais será tão boa assim. O ressentimento explodiu, porque a maioria das pessoas não está mais excluída do poder. Não aposte no sufocamento. Técnicos e instituições não dão mais conta de todo problema social. A própria noção de verdade entrou em xeque. O que voltou a existir é a política, ou seja, o conflito irremediável entre diferentes grupos humanos e diferentes visões de mundo, que jamais serão resolvidos pela pura discussão técnica.
· Enfim, agora só resta correr em pânico, numa fuga desesperada, porque tudo é catástrofe, com subtexto político?
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