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São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
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"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

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segunda-feira, 18 de dezembro de 2023

Crítica ao Ensino à Distância no Brasil.

 Compare os números entre o PÚBLICO e o PRIVADO, e faça uma reflexão:

O ministro da Educação, Camilo Santana, vai criar uma Agência para supervisionar a qualidade dos cursos de ensino superior oferecidos no país, sobretudo em entidades privadas, que respondem por 87% da rede nacional. O novo órgão terá poder para fiscalizar universidades, podendo descredenciar ou desativar cursos, suspender temporariamente a autonomia de instituições de ensino, inabilitar dirigentes, aplicar multas (entre R$ 5 mil e R$ 500 mil) e até mesmo decretar intervenção em instituições federais.

Dilma Rousseff já havia pensado algo nessa direção, quando enviou ao Congresso em sua gestão o projeto de lei sob a proposta do Insaes (Instituto Nacional de Supervisão e Avaliação da Educação Superior). A ideia é aproveitar essa proposta que está parada na Câmara desde 2012. Esse modelo previa uma superestrutura para o órgão, com mais de 500 funcionários. Além de um presidente, seriam até seis diretores (de administração, regulação, supervisão, avaliação, tecnologia da informação e certificação de entidades beneficentes) e um conselho consultivo. O texto chegou a ser aprovado pelas comissões de Educação, de Trabalho e de Finanças da Câmara. O projeto, contudo, parou na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde precisaria ser apreciado antes e ir ao plenário.

Hoje, esse trabalho é feito pela Seres (Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior). Enquanto o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) se dedica à avaliação dos estudantes e aos indicadores educacionais.

É preciso aumentar a qualidade do Ensino Superior brasileiro, e uma das ações do Governo Lula é regular essa expansão virtual e privada. Além disso, o governo também quer sustentar o programa para acompanhamento dos estágios supervisionados, a criação de grupo de trabalho sobre novos cursos de licenciaturas, a abertura de consulta pública sobre mudanças no ensino à distância e melhores condições de financiamento pelo Fies (Programa de Financiamento Estudantil).

Com a Câmara que temos, o governo conseguirá a aprovação? Conseguindo, o MEC dará conta de supervisionar o montante de instituições e cursos superiores privados já infestados no Brasil? 

*Alarmante e desafiador!* Camilo Santana acerta no posicionamento crítico para conter a expansão desenfreada dos cursos de ensino à distância no Brasil. Afinal, *cursos de ensino superior oferecidos por entidades privadas no país respondem por 87% da rede nacional!* Não é pouca coisa! Houve um salto de 140% na oferta da modalidade à distância nos últimos 4 anos, passando de 7,2 milhões de vagas nessa modalidade em 2018 para 17,2 milhões no ano passado.

Enfim, o MEC tem boas intenções, mas, e a sua capacidade de entrega diante do alto número de instituições e das resistências que virão, como da Anup (Associação Nacional das Universidades Particulares)? O desafio é grande para 2024.

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