Os méritos de Fernando Haddad:
1.
Deu
fim ao desmoralizado teto de gastos e propôs um novo arcabouço fiscal em seu
lugar;
2.
Aos
trancos e barrancos e sob muito ceticismo, conseguiu apoio para as medidas que
podem ampliar a arrecadação no ano que vem por meio da taxação dos fundos
exclusivos e offshore, apostas esportivas e a regulamentação das subvenções de
ICMS;
3.
A
reforma tributária sobre o consumo foi finalmente aprovada pelo Congresso;
4.
A
economia também conseguiu andar com as próprias pernas. O desempenho do
agronegócio deve garantir um crescimento de 3% ao PIB neste ano, o BC tem
vencido a resistência da inflação pós-pandemia e o desemprego segue em patamares
historicamente baixos;
5. O Brasil tornou a ser visto como um porto seguro para investidores, sobretudo depois que voltou a se comprometer com o avanço da agenda ambiental e o combate ao desmatamento;
Enfim, o desafio continua
gigante. Haddad terá que vencer as pressões sobre o reequilíbrio das contas
públicas e conter a trajetória de crescimento da dívida pública, garantido os
investimentos sociais. Ele terá que ter sabedoria para fazer boas escolhas
(entre elas, em quais batalhas entrar), dividir o mérito com o Executivo, saber
negociar com o Congresso para sua agenda avançar e resistir no caminho da
responsabilidade social.
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