As intenções parecem louváveis. O problema está nos detalhes – onde mora o diabo.
Divisões foram instaladas no País – e suas feridas não cicatrizadas ainda incomodam a população. Causadas pela extrema direita como resposta à luta de classes promovida pela esquerda e encabeçada pelo PT, a polarização, a radicalização e a chama do ódio de todos contra todos visam desidratar a democracia e cultuar a volta do regime militar no país.
Essa anomalia foi implantada nos debates políticos e partidários e divulgada pela mídia e pelas redes sociais, contaminando as rodas de conversa, os grupos de WhatsApp e os jantares familiares, influenciando as decisões dos cidadãos em todos os níveis de relacionamento.
É preciso diminuir o ambiente de intolerância e arrefecer os ânimos. Pacificar o Brasil é uma questão cívica, o que implica não aceitar provocações, não ter medo e nem deixar de dá uma resposta equilibrada, racional e fundamentada. Que essa campanha seja uma carta de intenções em favor da união dos brasileiros, da construção de pontes e da promoção do entendimento. Por uma comunicação que melhore o debate, estimule diálogos e efetivamente pacifique o País.
A direita distorce tudo isso, dizendo:
·
“Pacificar”
o Brasil deixou de ser um objetivo cívico para se tornar mote eleitoral
petista: o País deve se unir, sim, mas em torno de Lula.
· Outro interesse crucial de Lula é a aproximação com os evangélicos, fatia da população que tem se inclinado à direita nos últimos tempos e que, em larga medida, se alinhou ao bolsonarismo, sobretudo quando se trata de temas como aborto, drogas e família.
Enfim, a pacificação nacional é condição para o fortalecimento democrático (mas, a direita está chamando a isso de interesses eleitorais do lulopetismo). O ódio precisa ser substituído pelo diálogo, os xingamentos pelos argumentos. Que vigorem as mensagens de paz, reconstrução de laços e o reforço das relações familiares e de amizade.
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