O bom jornalismo é aquele que não se contenta com rumores infundados, com boatos inventados por imaginações febris. Ela informa com fatos, com resultados, sem julgar as intenções, mantendo a legítima diversidade de opiniões, num plano equânime, sem descer ao ataque pessoal.
É difícil que haja verdadeira convivência onde falta verdadeira informação; e a informação verdadeira é aquela que não tem medo da verdade e que não se deixa levar por desejos de subir, de falso prestígio ou de vantagens econômicas.
Logo, é preciso se contrapor a uma doença cultural do nosso tempo: o empenho em confrontar verdade e liberdade. Frequentemente as convicções, mesmo quando livremente assumidas, recebem o estigma de fundamentalismo. É o covarde recurso de rotular negativamente quem pensa de modo diverso. Impõe-se, em nome da liberdade, o que se poderia chamar de dogma do relativismo. Esta relativização da verdade não se manifesta apenas no campo das ideias. De fato, tem inúmeras consequências na prática jornalística.
Enfim, informar não é ficar a
meio caminho entre a verdade e a mentira. O bom jornalismo é aquele que
aprofunda, vai atrás da verdade que frequentemente está camuflada atrás da
verdade aparente. É, sobretudo, aquele que não se esconde por trás de uma
neutralidade falsa e cômoda.
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