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São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
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"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

segunda-feira, 25 de dezembro de 2023

Morte e Renascimento.

Qual é o lugar da Natureza em nossa consciência?

“Os animais têm pouca consciência, mas muitos impulsos e reações que apontam para a existência de uma psique; os povos originários fazem coisas cujo significado lhes é desconhecido. Mas perguntar ao homem de hoje sobre a árvore de Natal seria vão, já que as pessoas não têm a mínima noção do sentido desse costume” (Carl Jung).

Para começar, é voltar a ter um lugar. Mesmo pessoas que dominavam a escrita e o conhecimento racional no Renascimento reconhecia a lumen naturae. Parece que o problema foi se agravando com o advento tecnológico que trouxe uma perda de capacidade de explicar hábitos – uma queda do conhecimento contemporâneo sobre o mundo natural.

Por muito tempo a observação da vida ao redor era a leitura do livro do mundo. O guia maior para o conhecimento humano. Era um conhecimento derivado das lições dadas pelos ciclos naturais e expresso por ritos, especialmente os ligados aos temas da morte e do renascimento. Aí veio a vida intelectual da escrita que, graças ao toque cristão, definiu a natureza como mestra por ser criação divina. Essas duas forças paradoxais foram canalizadas pelo Cristo que morre e renasce na eternidade. Um caráter de nascimento duplo, material e espiritual.

Até aí, tudo bem! Mas veio a tecnologia nefasta. Uma bomba atômica sob a forma de luz de um sol negro que não é a natural. A grande explosão que marcou a perda radical da consciência da natureza pelo homem. Natureza e conhecimento se separaram no homem, pelo homem. Digamos que, o que Deus uniu a Tecnologia separou.

Essa natureza original, ainda hoje, está forte nos ecos de mitos, presentes, por exemplo, nas palavras de uso diário: o sol nasce, o dia morre. O que significa dizer que psique é muito mais do que consciência, e que ambas não são tábulas rasas no nascimento. Há instintos específicos; há vestígios de evolução.

Logo, o problema atual é o de recuperar o potencial de conhecimento necessário para lidar com a natureza, na consciência moderna. “Abre-te Sésamo! Quero sair!”.

Enfim, é preciso recolocar de volta a Natureza para a nossa consciência, sem mitos fanáticos, mas recriados e adaptados às exigências contemporâneas, saudavelmente.

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