Dubai (Emirados Árabes Unidos, 1 dos 10 maiores produtores de petróleo do mundo), Conferência da ONU sobre mudanças climáticas (de 30/11 a 12/12, podendo esticar). Os combustíveis fósseis, como o petróleo, são 1 das principais causas das mudanças climáticas agravadas pelo homem. Ou seja, será um COP, num contexto especialmente sensível, com conflitos de interesse e negociações difíceis. Pois, ela acontece no coração do petróleo, que o maior emissor de GEE (portanto, parte do problema). Essa COP teria que trazer um copromisso para a redução do uso do petróleo, dos combustíveis fósseis.
A COP-30 de 2025 será em Belém.
Ambientalistas cobram ações mais concretas dessa Cúpula do Clima: cumprimento das metas de redução de poluentes, transição para a energia limpa, financiamento para os países mais pobres que já sofrem os efeitos das mudanças climáticas.
É nesse cenário de necessidades urgentes de mudanças, que representantes de quase 200 países se reúnem. Os desafios são muitos e a Conferência precisa terminar com definição de como será o fundo para ajudar os países mais pobres na compensação de perdas e danos recorrentes das mudanças climáticas. Ainda há dúvidas de como o fundo será gerido, quando os países iniciarão as doações e quanto vão destinar.
Será apresentada conclusão de um Relatório que avalia o progresso dos países, em relação às metas do Acordo de Pari, 2015. É preciso evitar que a temperatura do planeta aumente +1,5ºC em relação ao período pré-industrial (esse é o principal objetivo do Acordo de Paris). Relatório recente da ONU indica que as medidas atuais de cada país aponta para um caminho de 3ºC de aquecimento, o que é duplamente desastroso: derretimento mais rápido das geleiras, chuvas mais fortes, secas e ondas de calor ainda mais frequentes e massacrantes...
Lembrando que, a Meta da
Cop 21 (em Paris/2015) já era controlar o aquecimento para garantir que a
temperatura média aumente em 1,5ºC a 2ºC em relação aos níveis pré-industriais.
Foi a meta dos países da ONU no acordo de Paris em 2015. Para isso, seria
preciso:
- reduzir em – 42% as
emissões de gases de efeito estufa até 2030;
- mas, em vez de baixar
fez foi subir a emissão de GEE (dióxido de carbono);
- será feio um grupo de
trabalho dentro da COP-28 para transformar o que não foi cumprido e o que se
prometer em questões concretas. Afinal, os países ricos
assinaram o Acordo de Paris que liberariam US$ 100 bilhões por ano, mas maior
parte nunca chegou. Todos esses canais de financiamento precisam avançar.
- Lula voltou dando
exemplo: em 10 meses, conseguiu evitar a emissão de 250 milhões de toneladas de
Carbono, referente a queda do desmatamento da Amazônia nesse período.
- o Brasil apresentará uma proposta concreta de um novo mecanismo para ajudar de fato os países que têm florestas maiores em seu território, desenhado no Ministério do Meio Ambiente e da Fazenda e das Relações Exteriores, desenvolver uma proposta concreta de aliança entre os países de floresta. Brasil, Indonésia e Congo são os que mais possuem florestas tropicais, mas ao todo são 80 países. Eles precisam ser ajudados concretamente, os guardiões das florestas.
A questão é que, são necessárias medidas mais ousadas, redefinindo inclusive as Metas do Acordo de Paris que agora já se mostram insuficientes. Metas mais ambiciosas e retorno para casa com o projeto de cumpri-las. Aqui no Brasil se traduz em combater o desmatamento dos biomas. No ranque dos países que mais poluem no mundo, o Brasil está em 6º lugar. O país precisa criar um mecanismo para financiar a proteção de florestas em todo o mundo (indígenas, quilombolas, agricultores). Entidades civis ligadas ao meio ambiente cobram que o Brasil seja mais ousado: proponha e defina um Cronograma para a redução progressiva do uso de combustíveis fósseis, como o carvão e o petróleo. Um modelo de país descarbonizado, justo socialmente e que lute pelo equilíbrio ambiente e ajuda o mundo nesse sentido.
Outras informações importantes:
·
Ausência
dos presidentes da China e dos EUA (os dois maiores poluidores mundiais).
·
2023
será o ano mais quente da História!
·
É
preciso eliminar o uso de combustíveis fósseis, mesmo dentro de um cronograma.
Mas, falta vontade política.
·
Sultão
Ahmed al Jaber, diretor executivo da petroleira estatal dos Emirados Árabes,
disse que é preciso garantir formas de incluir os combustíveis fósseis no
debate. É preciso seguir um caminho não convencional, corrigir o curso e
acelerar ações para 2030.
·
Seca
na Amazônia, no Sul enchentes, calorão e sufoco, 86 dias no mundo inteiro (até
outubro) com +1,5ºC dos termômetros acima dos níveis pré-industriais. 2023, o
ano mais quente da história!
·
A
COP-27 do ano passado foi no Egito.
·
A
importância estratégica da Floresta Amazônica está no centro dos debates.
·
A Conferência Climática da ONU
aprova um fundo para os países mais atingidos pelo aquecimento global. Depois
de anos de discussões, países ricos anunciaram as primeira contribuições para o
Fundo Perdas e Danos (visando ajudar
as nações mais vulneráveis a lidar com os desastres climáticos). Já sinalizam
aí um aporte de quase US$ 400 milhões.
- Delegações de quase 200 países durantes 2 semanas.
- Paradoxo: uma conferência da ONU presidida pelo chefe
de uma estatal do petróleo. “Defender
interesses da gigante petrolífera Adenoc, enquanto deveria estar focado em
esforços para promover a redução de combustíveis fósseis”. Prometo engajar
a indústria que mais polui num diálogo proativo.
· O Governo Brasileiro e outros países da América do Sul, além de outros países como a República Democrática do Congo, República do Congo e Indonésia, defendem a criação de um Fundo com investimentos de US$ 100 bilhões (R$ 500 bilhões/ano) para recuperação e preservação de florestas tropicais. Fundo permanente para manter o planeta bem.
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