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São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
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Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

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quinta-feira, 30 de novembro de 2023

COP-28 (Conferência do Clima).

 Dubai (Emirados Árabes Unidos, 1 dos 10 maiores produtores de petróleo do mundo), Conferência da ONU sobre mudanças climáticas (de 30/11 a 12/12, podendo esticar). Os combustíveis fósseis, como o petróleo, são 1 das principais causas das mudanças climáticas agravadas pelo homem. Ou seja, será um COP, num contexto especialmente sensível, com conflitos de interesse e negociações difíceis. Pois, ela acontece no coração do petróleo, que o maior emissor de GEE (portanto, parte do problema). Essa COP teria que trazer um copromisso para a redução do uso do petróleo, dos combustíveis fósseis.

A COP-30 de 2025 será em Belém.

Ambientalistas cobram ações mais concretas dessa Cúpula do Clima: cumprimento das metas de redução de poluentes, transição para a energia limpa, financiamento para os países mais pobres que já sofrem os efeitos das mudanças climáticas.

É nesse cenário de necessidades urgentes de mudanças, que representantes de quase 200 países se reúnem. Os desafios são muitos e a Conferência precisa terminar com definição de como será o fundo para ajudar os países mais pobres na compensação de perdas e danos recorrentes das mudanças climáticas. Ainda há dúvidas de como o fundo será gerido, quando os países iniciarão as doações e quanto vão destinar.

Será apresentada conclusão de um Relatório que avalia o progresso dos países, em relação às metas do Acordo de Pari, 2015. É preciso evitar que a temperatura do planeta aumente +1,5ºC em relação ao período pré-industrial (esse é o principal objetivo do Acordo de Paris). Relatório recente da ONU indica que as medidas atuais de cada país aponta para um caminho de 3ºC de aquecimento, o que é duplamente desastroso: derretimento mais rápido das geleiras, chuvas mais fortes, secas e ondas de calor ainda mais frequentes e massacrantes...

Lembrando que, a Meta da Cop 21 (em Paris/2015) já era controlar o aquecimento para garantir que a temperatura média aumente em 1,5ºC a 2ºC em relação aos níveis pré-industriais. Foi a meta dos países da ONU no acordo de Paris em 2015. Para isso, seria preciso:

- reduzir em – 42% as emissões de gases de efeito estufa até 2030;

- mas, em vez de baixar fez foi subir a emissão de GEE (dióxido de carbono);

- será feio um grupo de trabalho dentro da COP-28 para transformar o que não foi cumprido e o que se prometer em questões concretas. Afinal, os países ricos assinaram o Acordo de Paris que liberariam US$ 100 bilhões por ano, mas maior parte nunca chegou. Todos esses canais de financiamento precisam avançar.

- Lula voltou dando exemplo: em 10 meses, conseguiu evitar a emissão de 250 milhões de toneladas de Carbono, referente a queda do desmatamento da Amazônia nesse período.

- o Brasil apresentará uma proposta concreta de um novo mecanismo para ajudar de fato os países que têm florestas maiores em seu território, desenhado no Ministério do Meio Ambiente e da Fazenda e das Relações Exteriores, desenvolver uma proposta concreta de aliança entre os países de floresta. Brasil, Indonésia e Congo são os que mais possuem florestas tropicais, mas ao todo são 80 países. Eles precisam ser ajudados concretamente, os guardiões das florestas.

A questão é que, são necessárias medidas mais ousadas, redefinindo inclusive as Metas do Acordo de Paris que agora já se mostram insuficientes. Metas mais ambiciosas e retorno para casa com o projeto de cumpri-las. Aqui no Brasil se traduz em combater o desmatamento dos biomas. No ranque dos países que mais poluem no mundo, o Brasil está em 6º lugar. O país precisa criar um mecanismo para financiar a proteção de florestas em todo o mundo (indígenas, quilombolas, agricultores). Entidades civis ligadas ao meio ambiente cobram que o Brasil seja mais ousado: proponha e defina um Cronograma para a redução progressiva do uso de combustíveis fósseis, como o carvão e o petróleo. Um modelo de país descarbonizado, justo socialmente e que lute pelo equilíbrio ambiente e ajuda o mundo nesse sentido.

Outras informações importantes:

·       Ausência dos presidentes da China e dos EUA (os dois maiores poluidores mundiais).

·       2023 será o ano mais quente da História!

·       É preciso eliminar o uso de combustíveis fósseis, mesmo dentro de um cronograma. Mas, falta vontade política.

·       Sultão Ahmed al Jaber, diretor executivo da petroleira estatal dos Emirados Árabes, disse que é preciso garantir formas de incluir os combustíveis fósseis no debate. É preciso seguir um caminho não convencional, corrigir o curso e acelerar ações para 2030.

·       Seca na Amazônia, no Sul enchentes, calorão e sufoco, 86 dias no mundo inteiro (até outubro) com +1,5ºC dos termômetros acima dos níveis pré-industriais. 2023, o ano mais quente da história!

·       A COP-27 do ano passado foi no Egito.

·       A importância estratégica da Floresta Amazônica está no centro dos debates.

Câmara aprova Projeto que incluiu a contratação de térmicas a carvão, um dos mais poluentes, gerador de GEE (termelétricas). E isso porque era uma pauta verde, que tratava de energia eólica em alto mar. Na verdade, foi um jabuti. 

Atualizando informações... 

·       A Conferência Climática da ONU aprova um fundo para os países mais atingidos pelo aquecimento global. Depois de anos de discussões, países ricos anunciaram as primeira contribuições para o Fundo Perdas e Danos (visando ajudar as nações mais vulneráveis a lidar com os desastres climáticos). Já sinalizam aí um aporte de quase US$ 400 milhões.

- Delegações de quase 200 países durantes 2 semanas.

- Paradoxo: uma conferência da ONU presidida pelo chefe de uma estatal do petróleo. “Defender interesses da gigante petrolífera Adenoc, enquanto deveria estar focado em esforços para promover a redução de combustíveis fósseis”. Prometo engajar a indústria que mais polui num diálogo proativo.

·       O Governo Brasileiro e outros países da América do Sul, além de outros países como a República Democrática do Congo, República do Congo e Indonésia, defendem a criação de um Fundo com investimentos de US$ 100 bilhões (R$ 500 bilhões/ano) para recuperação e preservação de florestas tropicais. Fundo permanente para manter o planeta bem.

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