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Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

sexta-feira, 22 de setembro de 2023

Toda civilização se funda numa religião!

 

A civilização judaico-cristã sob a qual se funda a civilização ocidental será substituída na Europa pelo Islã. Mas, substituir o cristianismo pelo islamismo não seria um baita retrocesso? Afinal, precisamos mesmo viver condenando a nossa sensualidade, a nossa sexualidade, o nosso prazer, o desejo?

Toda civilização se funda numa religião e tem um ciclo de crescimento, expansão, apogeu, declínio e morte e sem religião não haveria civilização, pois os homens precisam acreditar na transcendência, na vida após a morte, para se envolverem em tal projeto. O ser humano não se mobilizaria para construir uma civilização, se tivesse certeza de que após a morte o que o espera é o vazio e a decomposição.

Os deuses dos egípcios, dos gregos e dos romanos ou do México pré-colombiano foram os responsáveis pelas civilizações criadas e todas declinaram à medida que o povo descria deles ou adotavam uma nova fé. Mas, isso significa a morte do sentimento religioso? Afinal, esse sentimento é o único amparo que os homens têm para viver uma existência que os conduz irremediavelmente para o nada?

A existência nos conduz para o nada. A frase é assustadora e, rapidamente, saímos correndo e chorando para os braços de uma religião. Afinal, a razão ou a filosofia dão conta desse desafio? Quem fará o “controle do corpo” e dizer aos fiéis como viver e conviver com sua angústia existencial? Aos olhos de um hedonista, a religião panteísta do Império Romano era progressista – libertava os homens em seus desejos, fossem eles homo ou heterossexuais e era mais próxima da Natureza.

A sociedade ocidental, apoiada por uma ciência que sempre desvendou o mundo à revelia da Igreja, passou a descrer do Deus monoteísta cristão. Construída pelo apóstolo Paulo, com base no mito de Cristo e na tese do “controle do corpo”, para assim subjugar a carne em favor do espírito, essa religião não terá mais apelo no Ocidente?

Enfim, as ideias de Michel Onfray são interessantes, mas sua conclusão é péssima! A se acreditar no declínio do Ocidente ou na substituição do monoteísmo apaziguado do mundo moderno por outro mais radical estaríamos aceitando que as religiões evangélicas e islâmicas podem destruir todas as outras. Enfim, que os ateístas tratem de procurar e achar algo melhor para colocar no lugar de Deus. Deus?

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