Quem sou eu

Minha foto
São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
Professor, (psico)pedagogo, coordenador pedagógico escolar e Especialista em Educação.
Obrigado pela visita!
Deixe seus comentários, e volte sempre!

"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

terça-feira, 19 de setembro de 2023

Discurso de abertura na Assembleia Geral da ONU.

 

Seguindo a tradição, é o Brasil que faz o discurso de abertura no palco mais importante da Diplomacia Mundial. A voz de Lula representará o Sul Global ou os países menos desenvolvidos. A maioria deles implora o fim da guerra na Ucrânia para desfazer a escassez mundial de alimentos.

Temas centrais: a luta contra as mudanças climáticas, a guerra na Ucrânia e a necessidade de apoio aos países do chamado Sul global, entre outras questões urgentes que afetam o mundo todo (e não apenas uma parte dele), especialmente os países mais pobres que são a maioria. O efeito das mudanças climáticas (que tem atingido justamente os mais pobres); a pobreza e a fome (que estão aumentando); a insuficiência do Banco Mundial e do FMI (diante do enorme endividamento dos países menos desenvolvidos); a falta de representatividade (inclusive da própria ONU, onde é urgente a reforma e ampliação do Conselho de Segurança).

Pela 8ª vez vô Lula vai cobrar dos países ricos assumir mais responsabilidades no combate à fome e a desigualdade social (pauta importante na política externa e doméstica), e que ajudem os emergentes no processo de transição energética (Lula se coloca como líder dos Emergentes). Defenderá que o mundo precisa de paz e cooperação, em vez de conflitos. E também haver mais equilíbrio entres os países desenvolvidos e os em desenvolvimento. E defender uma Reforma no Conselho de Segurança da ONU (assim como a reforma do Banco Mundial e do FMI). Também o combate das mudanças climáticas (prioridade do Governo). Apresenta o Brasil como exemplo na transição para a energia limpa. Os países ricos precisam cumprir sua agenda de compromissos, já que possuem uma maior dívida para o Aquecimento Global.

Alguns dos principais pontos do discurso de Lula: 

·       Confiança na capacidade humana de vencer desafios e evoluir para formas superiores de convivência. Mantenho minha inabalável confiança na humanidade.

·       Defendeu o multilateralismo na relação entre as nações.

·       Quando as instituições reproduzem as desigualdades elas fazem parte do problema e não da solução.

·       No ano passado, o FMI disponibilizou US$ 168 bilhões em direitos especiais de saque para países europeus, e apenas US$ 34 bilhões para países africanos. Essa representação é inaceitável!

·       O Neoliberalismo agravou a desigualdade econômica e política que hoje assola as democracias. Seu legado é uma massa de deserdados e excluídos. Em meio aos seus escombros, surgem aventureiros de extrema direita, que lesam a política e vendem soluções tão fáceis quanto equivocadas.

·       A fome atinge hoje 735 milhões de seres humanos, que dormirão sem saber se terá o que comer amanhã.

·       Os 10 mais ricos possuem mais que os 40% mais pobres.

·       Os 10% mais ricos da população mundial são responsáveis por quase metade do carbono lançado na atmosfera.

·       Nossa luta é contra a desinformação e os crimes cibernéticos.

·       Aplicativos e plataformas não devem abolir as leis trabalhistas pelas quais tanto lutamos.

·       Resolver as desigualdades dentro dos países requer incluir os pobres dentro do orçamento nacional e fazer os ricos pagarem impostos proporcionais ao seu patrimônio.

·       Os conflitos armados são uma afronta à racionalidade humana.

·       Investe-se muito em armamentos e pouco em desenvolvimento. No ano passado, os gastos militares somaram mais de US$ 2,224 trilhões. As despesas com armas nucleares chegaram a US$ 83 bilhões. Valor 20 vezes superior ao orçamento regular da ONU. 

Infelizmente, muitos líderes, em vez de participar desse debate urgente, decidiram por se esquivar. Entre os ausentes estão: Putin (Rússia), Chi Ji Ping (China), Macron (França), Sunak (Reino Unido), Mode (Índia), Lope Obrador (México)...

Enfim, paz na Ucrânia, justiça climática e uma ordem mundial menos injusta.


Outros destaques: 

·       É a reforma ou a ruptura. Um mundo em desequilíbrio. Os desafios globais são cada vez maiores. As tensões geopolíticas estão aumentando. E tudo que parece é que somos incapazes de nos unir para responder. Há urgência climática, tecnologias desruptivas (IA)... Precisamos ter reformas nas instituições multilaterais, como o Conselho de Segurança. Existem muitos interesses e agendas em jogo, mas a alternativa “reforma” não é o status quo. Ela é uma maior fragmentação. É a reforma ou a ruptura.

·       Progressos do passado. Retirada de pessoas da pobreza extrema. O combate de doenças, como malária, tuberculose e AIDS. Defendeu a ampliação de segurança da ONU, aliado ao secretário-geral e ao presidente Lula. Precisamos de mais vozes e perspectivas sobre a mesa. É importante fortalecer alianças com países dos 5 continentes. Defendeu competitividade com a 2ª maior economia do mundo (a China), mas de maneira responsável (para que não resulte em conflito). Uma Assembleia feita promovida pela paz está assombrada pela guerra. EUA e aliados vão continuar apoiando os ucranianos.

·       A Rússia está usando a fome como arma de guerra? Há sequestro de crianças que estão sendo levadas para a Rússia e ensinadas a odiar a Ucrânia (laços familiares rompidos, exemplo claro de genocídio). Os crimes de guerra precisam ser punidos. A Rússia tem que voltar a seu território, e os países precisam se unir para que isso aconteça.  

Nenhum comentário:

Postar um comentário