Qual é? Depende do tempo.
No mínimo 2 horas, no máximo 12 horas de abstinência (antes da competição).
A atividade sexual antes de uma competição esportiva não está diretamente relacionada com o desempenho de força ou resistência aeróbica. Mas esse impacto pode ser negativo, sim, caso o intervalo entre o ato e o momento da prova seja inferior a 2 horas. Assim, para preservar desempenho (força e fôlego), especialistas recomendam abstinência sexual de cerca de 10 e 12 horas. No mais, a prática é considerada uma atividade física extra, que gasta cerca de 100 calorias.
As evidências científicas sugerem que existem alterações ocorridas no sexo que diminuem a capacidade competitiva. Mas, quais são os parâmetros fisiológicos, metabólicos ou psicológicos que podem ser afetados (positiva ou negativamente) quando realizamos atividades extenuantes após a prática sexual?
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Durante
o sexo, a frequência cardíaca fica entre 90 e 130 batimentos por minuto, com
picos de até 170;
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O
exercício físico melhora o apetite e a função sexual, portanto o sexo pode ser
considerado uma forma de atividade física que beneficia a saúde e o bem-estar;
· O sexo pode reduzir os níveis de ansiedade e trazer um efeito relaxante, o que auxilia no desempenho;
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Em
uma pesquisa com corredores foi percebido que havia melhora atlética depois de
fazer sexo (Brooks Runing, marca de calçados esportivos);
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O
mínimo recomendado de abstinência é de 2 horas, mas o segredo é poder descansar
entre 10 e 12 horas antes de competir para não ter um impacto negativo no
desempenho;
·
A
idade dos atletas é um dos fatores que pode levar a um maior número de relações
sexuais;
· Há, também, o fator “fora da rotina”. Estudos apontam que ter relações sexuais com parceiro estável não implica mudança de rotina, ao passo que se for esporádico, em contextos inusitados, o efeito negativo é mais provável. Ou seja, o sexo não é o problema neste caso, mas a balada, a bebida e o esquecimento.
Enfim, a ciência comprova que a relação sexual só pode prejudicar o desempenho esportivo se for praticada com um intervalo menor que duas horas entre a relação e o momento de competir. Além desse intervalo antes da competição, a questão também está relacionada às preferências e rotinas individuais, pois alguns jogadores atletas precisam fazer sexo para relaxar, enquanto outros nem ligam para isso. Logo, é uma decisão pessoal, que influencia cada jogador de uma forma.
Curiosidades:
·
Na
Grécia e Roma antigas já se considerava que a abstinência sexual permitia ao
corpo não perder testosterona através da ejaculação, o que manteria a
agressividade e a força muscular (esse raciocínio estava relacionado à
teoria da conservação do esperma, que representava o perigo de perda da
secreção do sêmen, o que poderia ser contraproducente mental e fisicamente);
·
Tradicionalmente,
a abstinência tem sido associada a uma maior agressividade nas competições;
·
Alguns
estudos mostram de forma anedótica que, se forem respeitadas 10 horas antes da
competição e as rotinas individuais não forem perturbadas, há um efeito
positivo;
· Se a atividade sexual for combinada com a ingestão de álcool ou tabaco, efeitos negativos podem surgir. Portanto, o que a influência no desempenho esportivo nesse caso não estaria relacionada à relação sexual propriamente, mas à falta de sono e a piora da sua qualidade;
·
No
aspecto psicológico (agressividade, motivação, estado de alerta, atitude diante
da competição), é necessário um nível adequado de
alerta/ansiedade para o desempenho, e fazer sexo pode facilitar esse
estado de disponibilidade. Porém, para alguns, um sono adequado e reparador
pode ser muito mais útil.
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