A Covid longa é caracterizada por uma vasta constelação diversificada de sintomas que se instalam e persistem por semanas, meses ou, até mesmo, por 1 ano, em 10 a 20% daqueles que se recuperaram da fase aguda da Covid-19.
Embora possa ser leve e de baixo risco em indivíduos previamente saudáveis, ela pode ser grave em portadores de comorbidades. Estima-se que no Brasil, 37 milhões estejam com a Covid longa.
Pela tamanho da quantidade de pessoas e a multiplicidade desses sintomas poderá simular um novo episódio da Covid-19 ou, até mesmo, a descompensação de doenças crônicas subjacentes, pelo SARS-CoV-2.
Neste cenário, mais de uma centena de sintomas foram catalogados, sobretudo: fadiga intensa, tosse persistente, falta de ar, redução da tolerabilidade às atividades físicas, dor de cabeça, queda de cabelos, déficit cognitivo – confusão, esquecimento e desatenção –, distúrbios do sono, ansiedade-depressão, que podem comprometer a autonomia e o desempenho nos afazeres cotidianos.
Entre os sintomas de agravamento, destaca-se a Sarcopenia (redução e escassez de carne ou perda de massa magra e, consequentemente, da força da musculatura esquelética). Embora a sarcoenia costume acompanhar o processo de envelhecimento, poderá agravar-se na presença de circunstâncias diversas, dentre elas a Covid-19.
Diante dessa constatação, qual o alerta? Nutrição inadequada, sedentarismo, inatividade física, disfunções orgânicas, doenças infecciosas e inflamatórias... Tudo isso pode agravar o quadro e acelerar o processo em curso. No contexto das limitações físicas, a sarcopenia, por exemplo, pode comprometer a locomoção básica (subir escadas ou praticar atividades físicas moderadas).
Enfim, ainda estamos enfiados num grave
problema de saúde pública, que traga os mais pobres e vulneráveis. Isso requer
a consciência e ações, adotando no nosso dia a dia estratégias
multidisciplinares conjugadas e sistematizadas, voltadas ao cuidado e à
prevenção.
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