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São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
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"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

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segunda-feira, 21 de agosto de 2023

PSICOPATAS do cotidiano.

 O perfil das psicopatias...

Aqueles que passam por nós não vão sós,

Não nos deixam sós. Deixam um pouco de si,

Levam um pouco de nós.

Antoine de Saint-Exupéry (O Pequeno Príncipe)

 

A arte de viver é simplesmente a arte de conviver...

Simplesmente, disse eu? Mas como é difícil.

Mário Quintana

Nem sempre características individuais preenchem critérios para um diagnóstico psiquiátrico. 

10 tipos de transtornos de personalidade – e os traços patológicos característicos a cada um deles.

1.     Esquizoide: “Não levaria ninguém para uma ilha deserta”.

2.     Esquizotípico: “No limite”.

3.     Paranoide: “De olhos bem abertos”.

4.     Antissocial: “Os fins justificam os meios”.

5.     Borderline: “Por um fio”.

6.     Histriônico: “Minha vida daria uma novela”.

7.     Narcisista: “Sabem com quem está falando?”.

8.     Dependente: “Por você eu largo tudo”.

9.     Evitativo: “Na moita”.

10.  Obsessivo-Compulsivo: “Linha dura”.

Enfim, essas pessoas “especiais”...

A instável, o inflexível, a teatral, a insegura, a arrogante, a submissa, a lunática, o desconfiado, o misantropo e o transgressor. Características que podem estar presentes em pessoas que, por seu comportamento repetitivo, peculiar e capaz de gerar prejuízo, causam danos físicos e psicológicos a si mesmas ou aos que estão ao seu redor. Elas nos seduzem, manipulam, surpreendem, espantam, assustam, sufocam. Tudo em seu comportamento é exagerado: amor demais, carência demais, desconfiança demais, controle demais, raiva demais. Invariavelmente, passam a impressão de que alguma coisa está fora da ordem (e está mesmo!).

A partir do fim da adolescência, os indivíduos com essa natureza apresentam um jeito de ser caracterizado por um padrão de comportamento inflexível e repetitivo, que causa prejuízo significativo na maneira como se relacionam afetivamente, em sociedade, no trabalho ou na família. Podemos chamá-los de psicopatas do cotidiano.

É preciso deixar claro que psicopatia, aqui, se refere à atual classificação médico-psiquiátrica denominada “transtornos específicos da personalidade”. Pessoas com esses transtornos, com frequência e sem perceber, causam intenso sofrimento a quem convive com elas. Elas não perdem o juízo da realidade ou sofrem com surtos, delírios e alucinações. A maneira como interagem com o mundo é que as torna de difícil convivência.

Mas, atenção: ao contrário do senso comum dos últimos anos, popularizado na mídia e na cultura pop, o transtorno de personalidade não é uma condição necessariamente associada a crimes bárbaros e cruéis. Embora existam os crimes sexuais, os casos de assédio moral, assassinatos por motivo torpe ou fútil, violência doméstica, maus tratos a animais...

O psicopata do cotidiano tanto pode ser um líder místico que convence seus seguidores ao suicídio coletivo quanto um garoto que depreda patrimônio público e posta foto de seu ato na internet. Mas seus traços de personalidade também aparecem nos motoristas que perdem a cabeça no trânsito, nos vizinhos que vão parar na delegacia após uma discussão no condomínio ou nos pais e nas mães que fazem chantagem emocional com os filhos até levá-los a tomar atitudes contrárias às suas vontades. Existem aí características que levam essas pessoas a agirem como se tivessem “um parafuso a menos”.

Em maior ou menor grau, esses indivíduos deixam marcas em nossas vidas. Compreendê-los e aceitá-los parte de um simples princípio: eles são assim, não entendem o problema e se recusam a tratá-lo. No máximo, após um longo processo de autoconhecimento, conseguem entender o mecanismo de repetição de suas atitudes e minimizar seus efeitos.

Enfim, é preciso descobrir mecanismos que ajudam a manter a própria integridade, física ou psicológica, sem abrir mão da convivência.  

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