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"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

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domingo, 20 de agosto de 2023

Como (des)cativar eleitor à direita?

 Com Bolsonaro fora do tabuleiro eleitoral, no momento, os nomes da direita que tentam se cacifar para a corrida ao Planalto em 2026 são o de Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e Romeu Zema (Novo-MG).

“Rapaz, vocês têm que entender o seguinte: o Bolsonaro, ele está preparado com o Exército, com as Forças... as Forças Armadas, aí, para fazer a mesma coisa que aconteceu em 64. O povo vai pras ruas, que ninguém vai aceitar Lula ser... ganhar a Presidência, porque não tem sentido, o povo vai pedir a intervenção e, aí, meu amigo, eles vão nos livrar do comunismo novamente. Deu ruim. O povo brasileiro não foi para as ruas. O povo não pediu intervenção militar. O Brasil votou. E, por isso mesmo, quer poder acompanhar sem medo as investigações em curso”. 

Táticas para cooptar o eleitor ou o espólio de Bozo, visando amealhar a direita em torno de uma candidatura presidencial:

1.     Tarcísio usa declarações para agradar os bolsonaristas moderados, com postura mais comedida (discordam das invasões do 8 de janeiro); enquanto Zema fala para os mais radicais, de forma “descabida” e com postura mais radical (defendem e são convictos aos atos golpistas);

2.     Exemplo 1: Zema saiu em defesa de interesses do consórcio dos estados Sul e Sudeste (Cosud), em oposição aos do Nordeste (com teor separatista). Na área do Cosud, Bolsonaro foi o mais votado em todos os estados, à exceção de Minas. Zema se referiu ao Norte e ao Nordeste como “vaquinhas que produzem pouco”, defendendo que os estados do Sul e do Sudeste deveriam ter maior peso no Conselho Federativo, criado pela Reforma Tributária para distribuir a arrecadação pelos estados; Tarcísio já assume de forma mais branda as preocupações desse eleitorado, mas garimpando com acenos ao grupo mais moderado sem perder apoio da ala mais radical;

3.      Exemplo 2: Após os ataques do 8 de janeiro, Zema sugeriu que o governo federal havia feito “vista grossa” para se passar de “vítima”; já Tarcísio, evita reunião com Lula ou quando acontece posa ao lado e defende parcerias (sobre temas como segurança pública, deslizamentos no litoral, etc.);

4.     Exemplo 3: Sobre as operações policiais que deixaram 18 mortos no litoral norte de São Paulo, bolsonaristas de diferentes matizes argumentaram que as ações foram “proporcionais” e “necessárias” no contexto da busca pela redução da criminalidade. Logo, não se iluda, em um gesto recente, o governador enviou um projeto de lei para anistiar quem foi multado por descumprir medidas sanitárias na pandemia, como o ex-presidente. Também anunciou que criará um modelo próprio de escolas cívico-militares em SP, após Lula revogar o programa, e chegou a recusar livros didáticos do MEC (mas depois recuou). 

Enfim, embora com posturas diferentes, uma mais radical e outra mais moderada, há convergência ultradireitista. Ambos surfam na violação de direitos humanos e no Estado mínimo, em prol do Mercado

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