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"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

quarta-feira, 23 de agosto de 2023

Investimento = arrecadação.

Adeus, teto de gastos!

Colocar dinheiro no povo pobre não é gasto, mas investimento!

O novo arcabouço tem grande necessidade de arrecadação, o que tem de vir via Congresso ou via crescimento, e isso será difícil.

A nova regra fiscal da economia foi aprovada pela Câmara. Ela limitará a alta das despesas ao crescimento da receita. Isto é, vô Lula pode investir se arrecadar. Ou, dito de outra forma, a arrecadação conduzirá o investimento.

Assim, a maior disputa do Governo nessa questão se refere às medidas de aumento de receitas para dar sustentabilidade ao novo arcabouço e que precisam do aval dos parlamentares.

Esse novo marco para as contas públicas define as novas regras para o crescimento das despesas federais. Sem dúvidas, o maior desafio de Lula é lidar com o rombo nas contas públicas deixado por Bolsonaro. Para isso, precisará garantir o aumento de receitas necessário para zerar o déficit em 2024 (uma promessa do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad).

·       A nova regra fiscal autoriza o aumento dos gastos acima da inflação, diferentemente do teto de gastos. O crescimento real, acima da inflação, vai variar entre 0,6% e 2.5% todos os anos, a depender do crescimento da arrecadação. Por isso, a alta das receitas é importante para a regra;

·       Que bom! Foi excluído ou retirado o Fundo de Educação Básica (Fundeb), e o Fundo do Distrito Federal, do limite de gastos (uma mudança feita pelo Senado e acatada pela Câmara). Por outro lado, gastos com ciência e tecnologia em geral voltaram para dentro da regra.  

Assim, a luta agora do Governo será a de passar projetos que garantam aumento de receita, isto é, projetos que alavanquem a arrecadação para poder cumprir as novas metas fiscais. Alguns desses projetos são:

Projetos Lula de arrecadação: viabilizar medidas para elevar receitas.

·       Taxação de fundos exclusivos (fechados para alta renda, que têm tributação diferente dos demais fundos de investimento) e offshore (contas no exterior, geralmente em paraísos fiscais). A arrecadação com essa tributação, de cera de R$ 4 bilhões, foi desenhada para compensar o aumento na faixa de isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPJ), para R$ 2.640. A compensação é exigência da LDO deste ano;

·       Tributação dos fundos exclusivos e do Juro sobre Capital Próprio (JCP). O JCP é uma forma de as empresas distribuírem lucros aos acionistas. São medidas para arrecadar cerca de R$ 15 bilhões no ano que vem e ajudar na meta de zerar o déficit.

Pontos críticos no vai-e-vem do Projeto:

·       A Câmara rejeitou uma mudança desejada por vô Lula que era o cálculo da inflação que serviria de base para o arcabouço fiscal no próximo ano. O Governo queria permissão para enviar , na proposta de Orçamento de 2024, o valor das despesas considerando a projeção da inflação até o fim do ano – e não apenas nos 12 meses encerrados em junho. Isso abriria espaço fiscal de até R$ 40 bilhões de investimentos no Orçamento de 2024 para o Executivo. Mas o governo montou um plano B, enviando uma mudança na proposta da LDO com o mesmo teor, e isso deve ser suficiente para montar o Orçamento de 2024 considerando esses valores.  

Enfim, o problema são os entraves e os jabutis das Casas (Câmara e Senado). E daí vem a embolada política e suas eternas negociações. Muito diálogo!

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