O PL tem histórico como base de chefes do Executivo. Antes de apoiar o governo Bolsonaro, a sigla já havia auxiliado mandatos anteriores de Lula e as gestões de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB).
Um grupo de parlamentares do PL, maior bancada da Câmara (com 99), tem vocação governista. O PL (fundado em 2006) foi escolhido por Bolsonaro para disputar a última eleição e abrigar seus aliados. O alinhamento se manifestou na votação da Reforma Tributária (20 deles votaram pró), mas também do arcabouço fiscal (18 deles), aval à MP do Mais Médicos (programa carro-chefe do petista na Saúde, foram 17 deles que votaram) e também no redesenho dos ministérios de Lula (6 deles, todos aqui do Nordeste: Bahia, Ceará e Maranhão). Entretanto, eles ficaram fiéis ao bolsonarismo nos projetos do Marco Temporal (apenas 1 foi contra) e a MP do Saneamento (unânime contra ou não votou).
Enfim, por trás dessa decisão dos
parlamentares em aderir às pautas há um componente eleitoral, pois esses
parlamentares são de estados em que Lula teve melhor desempenho nas urnas, e a
ausência de preocupação com uma eventual rejeição dos eleitores permitem maior
“liberdade”. Também há aí nessa movimentação o peso da participação do
presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), nas articulações. O fator central é
a capacidade de articulação de Arthur Lira com esses parlamentares e com o
governo.
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