O meio digital formou as maiores companhias do mundo em pouco tempo, com capacidade de transformar a essência de todos os outros setores, capturando a atenção da sociedade e chegando ao ponto de ameaçar democracias.
“Os bolsonaristas têm a narrativa deles. A gente tem que ter a nossa, e dar sentido para a militância se engajar digitalmente nesse contra-ataque” (Jilmar Tatto, secretário de comunicação do PT).
Já é hora de o PT preparar uma nova geração para o contra-ataque virtual de combate a bolsonaristas nas redes. Já vimos que o volume de ataques é grande, acompanhado de muita desinformação e teorias da conspiração. Não será nada fácil enfrentar propagadores locais de publicações negativas. Afinal, a gente se percebe sofrendo opressão de uma força que não conseguimos ver.
Como surgem as correntes de notícias falsas que miram a esquerda? Quem são os principais bolsonaristas propagadores desse conteúdo? Como os filiados podem rebater as narrativas?
Algumas estratégias:
·
Entender com mais lucidez como
funciona esse ecossistema de desinformação, isto é, essa corrente bolsonarista
contra a esquerda;
·
Traçar uma linha cronológica com
as principais correntes de desinformação contra o PT, os comunicadores do
bolsonarismo e alguns financiadores de think tanks (organizações que produzem e
disseminam conteúdo) ultraconservadoras;
·
Os principais nomes da “bancada da
nova direita” que enfrentaremos serão: Eduardo Bolsonaro, Damares Alves, Bia
Kicis, Nikolas Ferreira, Ricardo Salles, Gustavo Gayer e Sergio Moro;
·
Por exemplo: uma das teses que
mais engajaram os evangélicos foi a de que o PT fecharia templos e perseguiria
religiosos caso voltasse ao poder (outras virão).
·
Evitar e combater publicações
pejorativas que “grudem” na reputação da sigla do PT como houve com o tema da
corrupção nas últimas duas décadas, após os escândalos de mensalão e Lava-Jato;
·
Precisamos estar afiados sobre as
ações do Governo Lula. Precisamos levar tudo o que já foi feito de bom aos
comunicadores digitais para evitar que o discurso bolsonarista se sobressaia
nas redes;
· Precisamos intensificar as lives em ambientes informais e improvisados — que se encaixam melhor à linguagem jovem. É preciso rejuvenescer a comunicação e largar um pouco das ferramentas tradicionais para fazer frente ao bolsonarismo. Vamos adotar o “estilo André Janones”!!!
Os 12 principais temas
usados por bolsonaristas contra a esquerda são:
· Os detratores geralmente tentam relacionar os adversários a temas como corrupção, ideologia de gênero, aborto, drogas, comunismo, impunidade (sob o discurso de que “direitos humanos é defesa de bandido”), perseguição religiosa, violência, doutrinação na escola, regulação das mídias, invasão de propriedade e destruição da família.
·
A
ascensão da direita bolsonarista tratou de suprimir qualquer dose de convívio
com o dissenso. A sociedade brasileira foi radicalizada a partir de 2013. Vô
Lula tem que trabalhar muito na pacificação.
·
A
inelegibilidade de Bozo dá a Lula a chance de recuperar terreno perdido para os
setores mais fidelizados pelo bolsonarismo no processo de rápida radicalização
da sociedade brasileira.
·
A
chama bolsonarista no peito de fazendeiros e agroindustriais. E ainda há a
ávida classe média. Em resumo, vô Lula precisa saber
lidar com empresários, fazendeiros, agroindustriais, empresários, classe média,
mídia e a ala evangélica radical e conservadora. Ainda tem as milícias
(digitais) e as fake news. Enfim, não é pouca coisa!
· Abrir um canal de comunicação com os evangélicos, que, em breve, representarão a maior força religiosa do Brasil. Vô Lula e o PT precisarão ter algo a oferecer a esse segmento da sociedade, porque até aqui isso não se viu na política, sem tom forçado e acabando com o fosso existente.
“A imputação de responsabilidades a Bolsonaro, primeiro em relação aos ataques à democracia, depois em outras pendências, como a gestão da pandemia, tirará dele a aura de honestidade criada nos últimos anos a despeito de casos como o das rachadinhas nos gabinetes do clã, da proximidade com milícias e de outros fatos que contradizem desde sempre a narrativa”.
Enfim, é preciso construir uma contranarrativa para se proteger nas redes.
E identificar e punir os articuladores dessas terríveis ideias da direita.
Nenhum comentário:
Postar um comentário