É grande o apetite dos conservadores pelas eleições municipais do ano que vem. Afinal, Governo em boas condições, ninguém tira de Lula a renovação do mandato ou sua reeleição em 2026. A tese é: em desvantagem na presidencial, melhor apostar em prefeitos e vereadores, pois influenciam no aumento das bancadas de deputados federais e no volume de dinheiro dos fundos partidários e eleitoral.
Hoje, o PT conta disputar apenas 03 das 27 capitais (+DF): Aracaju, vitória e Fortaleza. Nas outras, vai de composição com legendas aliadas, abrindo mão de nomes próprios em capitais como Rio, São Paulo e Recife para apoiar siglas que estão na base de Lula no Congresso. Já em Belo Horizonte e Salvador, o PT hesita entre apoiar aliados ou tomar a dianteira. Enfim, só com lupa para olhar a disputa das outras mais de 5.500 cidades do país, além dos representantes da Câmara dos Vereadores de cada uma delas. Só os municípios com mais de 200 mil eleitores terão, caso necessário, segundo turno.
Desde o impeachment de Dilma Rousseff, o PT tem todos os motivos para reconquistar terreno após o retorno de vô Lula ao Planalto. O auge do PT ocorreu em 2012, com 638 prefeitos. Quatro anos depois, elegeu 254 prefeitos, numa redução que seguiu em 2020, com 183 vitórias. Visão geral, mas o foco precisa ser no Sul e Sudeste, onde o ex-presidente Jair Bolsonaro teve melhor desempenho na eleição.
Enfim, pragmatismo na veia! Acho que fortalecer o PT envolve se organizar
logo e lançar candidatos. Melhor,
levantar trincheira para retomar a guerra local nas redes sociais e levar
vitórias significativas.
·
PT
deve enfrentar MDB, PSD e União Brasil (tríade de siglas de Centro que responde
por 9 ministérios, com ‘traições’ e surpresas, com a votação em peso pela
Reforma Tributária) em 23 capitais em 2024 (das 26 capitais). Disputas assim
deverão criar arestas com partidos aliados, num momento em que o governo ainda
patina para arregimentar uma base coesa no Legislativo. E Lula promete se
engajar em campanhas petistas às principais prefeituras. Como os caciques
desses partidos lidarão com essa promessa? As negociações pelo país indicam que
haverá uma série de enfrentamentos com o PT em 2024, mas talvez a aliança
nacional não seja abalada. “Nas disputas pelas prefeituras, os fatores que
influenciam no dia a dia são mais relevantes do que a briga ideológica. Não há
reflexo dessas composições nos municípios com posicionamentos do partido
enquanto bancada federal”.
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As
siglas que sempre têm acompanhado o PT são: PSB, PSOL, PDT e Rede;
· Em Salvador, o PT ainda não definiu se apoiará o pré-candidato do MDB, o vice-governador Geraldo Júnior, e tem ouvido cobranças por uma resolução. O diretório em Salvador apontou três possíveis nomes: a presidente da Funarte, Maria Marighella, o deputado estadual Robinson Almeida e a socióloga Vilma Reis. O ex-deputado Lúcio Vieira Lima, à frente das negociações pelo MDB, ressalta que o partido deixou o bloco de apoio ao prefeito de Salvador, Bruno Reis (União), que concorrerá à reeleição, para apoiar o atual governador Jerônimo Rodrigues (PT) na disputa contra ACM Neto (União) no ano passado. Agora, a legenda cobra reciprocidade. Geral Júnior foi muito importante para a eleição de Jerônimo, porque dividiu a base de ACM Neto. Todo mundo imagina que o nome da base será ele.
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