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São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
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"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

sexta-feira, 23 de junho de 2023

Imprensa x Plataformas Digitais.

 Viu, se informou, pagou!?

O Canadá, seguindo o exemplo da Austrália, aprova lei (Lei de Notícias On-Line) de remuneração da imprensa pelas plataformas digitais. A regra obriga as big techs a recompensar veículos de imprensa pelo uso de seu conteúdo. A Meta, dona de Facebook e Instagram, ameaça vetar publicação de notícias nas redes (bloquear a exibição de notícias nas redes para todos os usuários).

“Conteúdos de fontes noticiosas, incluindo editoras de jornais e emissoras de rádio e TV, não estará mais disponível para pessoas que acessem nossas plataformas no Canadá”. 

A nova lei estabelece que Meta e Google compensem empresas de mídia por uso de conteúdo de jornais. Ela foi criada para garantir que empresas como a Alphabet, dona do Google, e a Meta, que controla Facebook, Instagram e WhatsApp, firmem acordos financeiros com organizações de mídia. Por esses acordos, as big techs terão de pagar aos veículos de comunicação para exibir links para conteúdo noticioso. Especialistas preveem ganhos de US$ 228 milhões. Facebook e Instagram bloqueiam compartilhamento de notícias por usuários do país.

O Facebook restringiu temporariamente seus usuários de ver conteúdo de notícias e postar links para reportagens naquele país, em 2021.

Assim, o Canadá pode se tornar um provável campo de batalha para as empresas de tecnologia. Com a aprovação dessa lei e de outras semelhantes, inclusive uma que destina parte dos lucros dos serviços de streaming a fundos de apoio a artistas locais e outra que visa tratar de conteúdo no-line nocivo.

O poder de informar está rachando gigantes da tecnologia e as empresas de mídia (no Canadá) em torno dos lucros. E o governo também será tragado nessa disputa, e que precisará intensificar esforços para regulamentar o setor de tecnologia e de mídia. Por lá, o governo acha que a lei ajudará a nivelar a concorrência, pois acabará transferindo parte da receita de publicidade on-line para a mídia canadense, que viu 450 veículos fecharem as portas entre 2008 e 2021.

O argumento das big techs: “somos forçadas a pagar por conteúdo que não traz benefícios econômicos”.

O argumento do jornalismo: “há o risco de tornar o jornalismo dependente dos recursos das gigantes de tecnologia. Assim, a aprovação da lei é um primeiro passo para resolver o significativo desequilíbrio de poder de mercado entre jornais e plataformas. O jornalismo real, criado por jornalistas reais, continua a ser exigido pelos cidadãos e é vital para nossa democracia, mas custa dinheiro”.

Enfim, pior do que a luta é a união dessas empresas. Afinal, o uso e o controle da informação é a nova guerra da contemporaneidade. 

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