Aqui, o capital privado só se mobilizou motivado pela demanda. Quando o capital público, ele próprio, gerou a demanda que garantia ao capital privado investir com garantia de retorno. Logo, quem puxa o investimento privado é o investimento público. E direto: concessão de crédito, isenções fiscais (ao carro popular, por exemplo). Você usa o Estado para criar um ambiente favorável e por isso as empresas querem investir e, de alguma forma, contribuir.
O Estado deveria ser, ele mesmo, o próprio indutor do seu desenvolvimento. Acontece que herdamos um Banco Central autônomo do Governo Bozo que mantém juros extorsivos, e que tem em seu controle um porta-voz do mercado financeiro. Assim, o investimento público está prejudicado pelo Arcabouço Fiscal. O BC segurando juros altos afugenta o investimento privado (que é a aposta do Governo). Se não houver uma ação que rompa isso, não teremos um nem outro.
É preciso que haja uma reação a essa situação que não pode partir só do presidente da República, mas também do povo, dos movimentos sociais. Cadê os movimentos sociais?
“O Brasil não terá indústria de semicondutores, não desenvolverá software em quantidade, não será digital enquanto tivermos dificuldades de ensinar as quatro operações. Uma indústria do século XXI não precisará só de dinheiro, seja privado ou estatal. É movida a cérebros. Se a conversa sobre reindustrialização é séria, deveria começar pelo MEC. Nas duas pontas: ensino de base e superior”.
Enfim, considere isso também: enquanto na piscina dos 5% estão os mais ricos, no grande oceano batalha toda a população. Isto é, 70% dos brasileiros ganham até 2 salários mínimos.
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