Isolados na pandemia, vizinhos se tornaram amigos de porta e estreitaram os laços com a solidariedade exigidos no período. Passada a tensão sanitária, amenizada por churrascos e encontros na piscina, o cenário teve uma reviravolta com desentendimentos.
Se por um lado o lockdown provocado pela Covid-19 aproximou pessoas, por outro fez que as confusões condominiais crescessem. Com a flexibilização para sair, as brigas deram uma acalmada, mas o crescimento do home office pode explicar o fato de terem voltado a subir.
“Conflitos sempre existiram, mas aumentaram na pandemia, quando pessoas com interesses diferentes tiveram de ficar em casa. Depois, diminuíram de novo. Mas com o aumento do uso de garagens e áreas comuns que antes não estavam sendo utilizadas e de convivência no prédio, as notificações voltaram a crescer. É como se as pessoas achassem que agora podem tudo”.
“Infelizmente, temos notado um novo aumento de conflitos, que deixam de ser um simples bate-boca e passam a ser uma questão jurídica, um crime mesmo como injúria ou lesão corporal. Isso acontece quando há ameaças, agressões e situações que causam perturbação suficiente à suposta vítima”.
Os casos vêm aumentando também pela quantidade de itens que existem nos empreendimentos, que hoje têm mais áreas de lazer. É uso de piscina, aula com personal trainer, música alta, festa até tarde, entre outras atividades que podem acabar criando desentendimentos. A questão é que casos de desavenças entre vizinhos viraram um problema para moradores, síndicos, para a polícia e o Judiciário.
Enfim, as pessoas ficaram menos
compreensivas após a emergência sanitária internacional. A selvageria vai de imagem
exposta em redes sociais a difamações, agressões verbais a físicas. Desentendimentos.
Uma escalada de violência que passa por vídeos incriminadores, cenas de
bate-boca e até tapa na cara e socos, tiros em discussões e até mortes. Adeus
exercício empático, bem-vindo de volta ânimo exaltado!
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