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Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

Temporais não são controláveis. Seus danos são.

Aguaceiro inclemente e o teatro macabro assistido por políticos...

Perdendo vidas para a lama...

59,4% das prefeituras nem sequer têm plano para lidar com os riscos de desastres naturais (Fonte: IBGE). Inépcia e omissão são as causas da tragédia das chuvas. Pelas últimas estimativas, 5% dos brasileiros vivem em áreas sob risco de inundações ou deslizamentos (9,5 milhões de pessoas, a maior parte na região Sudeste, grandes metrópoles. Fonte: Cemaden). Políticos não podem culpar São Pedro pelas consequências catastróficas. O Brasil carece de um plano informando quantas moradias em áreas de risco precisam ser reforçadas e quantas deveriam ser demolidas, com realocação dos moradores.

Os políticos que temem perder votos, não retiram moradores das zonas de risco, mas também pouco fazem para alterar a realidade deles. Quando as chuvas matam, desabrigam e destroem, se apressam em declarar estado de calamidade pública e distribuir donativos. Assim que as águas baixam, deixam que os moradores voltem a ocupar áreas sujeitas a inundação e deslizamentos. Está remontado o palco para a reapresentação do teatro macabro. É a política do imediatismo – hoje as prioridades urgentes deles são isolar as áreas de risco para evitar mais mortes e prestar ajuda aos desalojados. Correto! Só farão um favor se evitarem declarações sobre o ineditismo dos índices pluviométricos. Passada a emergência, é responsabilidade dos gestores públicos trabalhar ao longo do ano para prevenir mais mortes e prejuízos provocados por desastres naturais.

A presença física do líder nos momentos trágicos é importante para a população atingida, e para os demais cidadãos, que se sentem representados com atitudes de “amparo e conforto”. A calamidade não tem cor ideológica. Ela atinge indistintamente cidadãos que necessitam do apoio de um Estado de Bem-Estar Social para tocar a vida adiante. Nesse ponto, Lula acerta na empatia. Conhecendo-o bem, ela ultrapassa a pose de presidente. Ele é mais humano que seu antecessor.

Enfim, precisamos de um plano de políticas públicas para enfrentar os eventos climáticos extremos. Lula acerta de novo no desejo de revitalizar o programa “Minha Casa Minha Vida” e uma política alcançável de financiamento popular de moradias dignas, baratas e seguras para o segmento de baixa renda em áreas providas de infraestrutura. Afinal, temporais não são controláveis. Seus danos são. 

Unidades habitacionais entregues pelo programa Casa Verde e Amarela do governo Bolsonaro:

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