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São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
Professor, (psico)pedagogo, coordenador pedagógico escolar e Especialista em Educação.
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"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

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domingo, 26 de fevereiro de 2023

Meu Pé de Laranja Lima.

 Bateu, surrou, espancou, até que a vida lhe conseguiu tirar a inocência, isto é, a infância! 

O menino Zezé, filho de uma família muito pobre, cria um mundo de fantasia para se refugiar de uma realidade exterior áspera. Assim é que um pé de laranja-lima se torna seu confidente, a quem conta suas travessuras e dissabores. No hostil mundo adulto ele encontra amparo e afeto em algumas pessoas, sobretudo em Manuel Valadares, o Portuga, uma figura substituta do pai. A vida, porém, lhe ensina tudo cedo demais. Enfim, é um livro para rir e chorar com as dores e as delícias da inocência arrancada de uma criança, “precocidades” de alguém que um dia fomos – curiosa e traquina, ingênua e inteligente ao mesmo tempo, movida pelo enorme desejo de aprender com as precariedades da família, do mundo da rua e da vida. “Esse passarinho cantante no nosso interior que vai indo embora quando vai chegando a ‘idade da razão’, um ‘pensamento’ que cresce e toma conta de toda a nossa cabeça e nosso coração. Vive em nossos olhos e em tudo que é pedaço da vida da gente”. Enfim, do mundo de fantasisas de uma criança para o vazio do desinteresse dos adultos (graças à consciência sobre a morte?). Sem encanto, o pé de Laranja-Lima vira uma árvore qualquer. Era difícil recomeçar tudo sem acreditar nas coisas. O que mata a fantasia de uma criança é a consciência da morte. Eu perdi, roubaram, levaram, eu dei... Tudo isso é diferente do entendimento de que “a vida me tirou”. Porque a vida sem ternura não é lá grande coisa.

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