Em todo o seu mandato, Bolsonaro gastou R$ 794,9 bilhões fora do teto (Fonte: Bráulio Borges, do Ibre/FGV).
Governo chegou ao fim do mandato furando cinco vezes o teto de gastos e ainda assim sem recursos até para quitar todas as aposentadorias e benefícios do INSS deste mês de dezembro. O mais recente furo garantiu um cheque de R$ 41,2 bilhões para turbinar programas sociais às vésperas da eleição. E agora faltam recursos em áreas como saúde e educação (foi afetado o programa Farmácia Popular e houve bloqueios na educação).
Alguns números:
1. Saúde: o governo
determinou um novo bloqueio de R$ 1,4 bilhão, elevando o total congelado para gastos a R$ 3,8 bilhões
(foram congelados R$ 194 milhões para o Farmácia Popular; outros R$ 224,6
milhões bloqueados da Fiocruz, comprometendo gastos para pesquisa e
atendimentos, além da verba para construção de fábricas de vacinas);
2. Educação: o bloqueio total no MEC soma R$ 2,4 bilhões;
E não somente essas áreas. Também estão estranguladas as áreas da Justiça e do Meio Ambiente. O Ibama afirma que haverá “paralisação total” de atividades, policiais rodoviários federais estão sem diárias e passaportes não estão sendo emitidos. E olha que aconteceram sucessivos recordes na arrecadação.
Enfim, o Verme quer pegar carona na PEC
da Transição do vô Lula para fechar a folha de dezembro, pode? Um total mau uso
da verba pública em políticas desfocalizadas.
No governo Bolsonaro (entre 2019 e 2021), 562 mil magnatas entraram para o clube dos que ganham acima de R$ 1 milhão por ano (1% da população). Hoje, o Brasil está com 2,1 milhões de pessoas nesse status, mostrando a força que foram as políticas pró mercado. É um número muito maior do que nos governos do PT (entre 2003 e 2014, essa gente passou de 18,5 mil para 29,8 mil, representando 0,1% da população da época). Enquanto isso, na outra ponta, 62,5 milhões mergulharam na pobreza (29,4% da população).
Esse crescimento está atrelado à expansão da fronteira agrícola no país, que interiorizou a fortuna relacionada ao agronegócio. Os estados que mais contabilizaram novos endinheirados foram: RR (67%), RO (63%), TO (59%), MT e SC (55%), PA (51,5%), GO e MA (48,5%) e MS (43,5%). Isso explica o fortalecimento do conservadorismo nesses estados.
Apesar do crescimento de
milionários pelo interior do país, a maior concentração continua em SP
(780.619), RJ (226.254), MG (189.785), RS (161.858), PR (156.870) e SC
(103.378). Juntos eles somam 78% do total!
Enfim, os números atestam que o Verme deixará um legado de mais desigualdade social no país.
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