Quem sou eu

Minha foto
São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
Professor, (psico)pedagogo, coordenador pedagógico escolar e Especialista em Educação.
Obrigado pela visita!
Deixe seus comentários, e volte sempre!

"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

Arquivos do blog

sexta-feira, 4 de novembro de 2022

Serenidade e Leveza.

 “Devemos apenas nos emprestar aos outros e nos dar apenas a nós mesmos” (Montaigne, Ensaios).

A política brasileira está doente. E não há muito que cada um de nós possa fazer. O que está sob nosso controle, ainda que por vezes esqueçamos, é como cada um vai se comportar. Há um percurso individual a ser trilhado em meio à tormenta, e é isso que no fundo importa.

Assim, o que fazer diante de um mundo dogmático? Que critério usar em uma controvérsia religiosa, ou política, quando há completa certeza em ambos os lados? Aceitar, de uma vez por todas, a dúvida. É preciso preservar certa distância. Recusar a paixão, essa “péssima guia”, e voltar a prestar atenção às coisas simples. No meio da tempestade, que tal observar aquilo que permanece perfeitamente calmo?

Qual o sentido da vida? Uns acham que nosso bem supremo está na virtude; outros na volúpia; e ainda outros na ausência de sofrimento. Os homens não estão de acordo com nada! Vou arriscar uma aposta na amizade como algo superior à crença e à política, ou ainda: uma barreira a seu despotismo. A “mais perfeita” amizade do nosso tempo se faz com o “aprendizado pelo desacordo”, e logo tem na tolerância a sua condição.

Afinal, quando vejo hoje velhos amigos transformados em estranhos, quando não inimigos, em razão da pequena raiva política, me dou conta de como andamos para trás. De como andamos com dificuldade para entender o que é importante nessa vida rápida e o que é apenas passageiro. Muita gente saiu machucada dessas eleições. O país saiu arranhado. Então precisamos de atitudes: rever os amigos, esquecer certas coisas que dissemos e que agora fazem bem menos sentido. Largar um pouco os grupos contaminados no WhatsApp, retomar alguma moderação, e procurar coisas diferentes para fazer.

Enfim, se a ignorância leva à tranquilidade e o excesso de conhecimento, uma vez tornado certeza, perturba o espírito e leva à infelicidade... Então se retire. Viaje. Se abra para a curiosidade. “Recuso a loucura de minha época para dedicar-me à busca de mim mesmo” (Montaigne, Ensaios).

Nenhum comentário:

Postar um comentário