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"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

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domingo, 20 de novembro de 2022

Questões quase utópicas para a Educação.

“Digitalizar a velha aula expositiva não resolve. Não precisamos que o educador brasileiro domine todas as ferramentas tecnológicas, mas sim que saiba a ferramenta adequada para cada momento pedagógico. Não se “aprende na internet”; o professor guia o aprendizado. Parece fácil, mas não é!”.

Num tempo em que alunos estão cada vez mais propensos a abandonar a escola, justamente quando o ensino da ciência e da tecnologia ganha relevância sobre a nova onda do obscurantismo no Brasil, nós, profissionais da educação, precisamos lidar com algumas questões quase utópicas. A mais importante delas é olhar a escola não só como o lugar do “básico”, mas como o lugar em que está sendo fabricada nossa ainda frágil democracia. Já passou da hora de investir, nas pessoas e no ensino! 

 

Vejamos as outras questões não menos importantes:

1.     Por que a escola do ‘básico’ não funciona no mundo do século XXI, sobretudo com alunos a um passo da evasão?

2.     O Brasil precisa ter um plano robusto de tecnologia educacional.

3.     Quem está na área tem compromisso cívico e capacidade técnica?

4.     A educação de hoje carece de políticas sólidas para a tecnologia. Esta, não pode mais ser adereço ao sistema educacional, mas item indispensável!

5.      Tem que ter (cons)ciência do que a tecnologia pode fazer pela Educação:

A)   Permite novas formas de acompanhar a aprendizagem dos alunos, para além dos testes;

B)    Possibilita novas formas de acesso a materiais educacionais;

C)   Permites experiências de aprendizagem inovadoras.

6.     É preciso compartilhar com trabalhadores os meios para produzirem, eles mesmos, soluções tecnológicas;

7.     E se tivéssemos laboratórios virtuais em que alunos pudessem manipular remotamente um microscópio real? Ou melhor, e se tivéssemos esse equipamento, e muitos outros, na escola? Também é o caso de kits de robótica, simulações e laboratórios “mão na massa”, que promovem mais motivação e conexão com a comunidade. Coisas desse tipo, e muito mais, podem (e devem) existir em escolas públicas!

8.     É necessário ter clareza sobre o que não dá certo. Ações isoladas e tecnocêntricas, por exemplo, não funcionam, não adianta! Sair por aí distribuindo em massa tablets e chips de celular ou a aplicação simplista de softwares será desperdício e banalização da oportunidade de fazer um investimento e um trabalho sérios;

9.     Tecnologia por si só não garantirá mais qualidade na educação sem uma potente formação continuada de educadores no ramo, com o propósito de ampliar práticas pedagógicas por meio dessas ferramentas, desenhando sequências didáticas focadas em grandes ideias, e não na tecnologia em si. Ou seja, a tecnologia é o meio, não o fim;

10.  Ao contrário do que sugeriu Bolsonaro, um simples aplicativo não opera milagres nem garante alfabetização em tempo recorde. Tampouco podemos acreditar que ampliar a conectividade nas escolas – ainda que fundamental – seja suficiente. Veja a lista anterior e perceba que o PROJETO É MAIS AMPLO!

Planejar um projeto assim, depois da trágica experiência que tivemos com a pandemia e as tentativas de implantar um ensino remoto sem tecnologias, significa garantir que alunos não fiquem sem aula em situações extremas, como epidemias, desastres naturais ou violência urbana.

Enfim, manter a sala de aula apenas à base de papel e caneta é negar ao aluno uma preparação fundamental para o futuro. Não dá certo! Chega de exemplos isolados e chavões sobre escolas atrasadas. A utopia precisa virar realidade na educação brasileira!

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