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Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

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sexta-feira, 18 de novembro de 2022

O salto dos 4 anos – viva a pré-escola!

A partir dos 04 anos de idade...

A idade da razão!

Essa fase é muito importante, porque é quando as crianças:

- gradualmente deixam de agarrar-se aos estímulos concretos do presente, basicamente sensoriais, e conseguem raciocinar de modo mais abstrato, pensando em situações recuperadas do passado e imaginadas para o futuro.

- também se tornam mais independentes dos pais,

- estabelecem relações mais maduras com seus pares e com outros adultos,

- tornam-se menos egocêntricas e mais capazes de reconhecer as ideias dos outros.

- é a idade em que a razão se estabelece com toda sua maravilhosa variedade.

- fundamental processo de transição para construir seres humanos dotados de empatia, espírito coletivo e ações criativas.

Essa constatação é neurocientífica. Ou seja, está baseada em estudos científicos que revelam como se organizam nessa fase dos 4 anos os três níveis de coordenação funcional do cérebro: as regiões cerebrais, as redes neurais e as conexões entre redes.

Um exemplo. A partir dos 4 anos o “córtex visual” (região que recebe as imagens captadas o mundo) que fica na parte de trás do cérebro, começa a fazer conexão com a “rede atencional”  (região responsável pelo foco e concentração) que fica na frente do cérebro. É essa conversa entre as duas redes que permite concentrarmos no que importa, dentro da cena visual complexa que sempre se apresenta diante de nós. E ambas confluem para a “rede de processamento complexo”, responsável pela sintonização com a memória, pois lhes dá significados que podem ser bastante abstratos.

Alguns estudos anteriores postulavam que essa maturação se dava de trás para frente do cérebro (maior atividade funcional nas regiões visuais, e pouco a pouco a maturação das redes cognitivas complexas). Outros estudos mais atuais apontam amadurecimento simultâneo, desenvolvendo na verdade a coordenação entre as redes. Em outras palavras: o que a criança ganha entre os 4 e os 10 anos é conectividade entre as redes cerebrais.

CONCLUSÃO: bem cedo na vida, o cérebro das crianças está pronto para os raciocínios complexos e abstratos. Só falta conectar esse sistema à entrada de informações que vêm do ambiente. A razão já está quase pronta para funcionar nas crianças de 4 anos. O que falta é estimular a conectividade cerebral. Papel da escola, da família e da sociedade em geral. A idade da razão chega mais rápido quando a sociedade ajuda!

Enfim, por isso que a partir dos 4 se tem a idade da razão = áreas importantes do cérebro dão sinais de interconexão e, portanto, avanço em capacidades tais como: uma metáfora que demanda interpretação ou um raciocínio que leva a uma conclusão. Viva a pré-escola!

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