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Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

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quinta-feira, 3 de novembro de 2022

Ateus Lulistas, e a vitória!

... e os culto-comícios.

O efeito do veneno do bolsonarismo nas igrejas é enorme!

Eleitores sem religião específica deram folga de 5,9 milhões de votos para Lula. Junto à dianteira do petista entre os católicos, essa margem compensou a vantagem de Bolsonaro entre os evangélicos, segmento em que ele lidera.

O bolsonarismo traçou um ambicioso plano eleitoral e também de gestão, com protagonismo da direita religiosa. A campanha foi marcada com discursos com apelo religioso. Bolsonaro atrelou o discurso político a uma batalha espiritual. Dessa forma, o bolsonarismo se consolidou nas igrejas porque deu ao segmento protagonismo político e de gestão. Lula precisa contra-atacar afastando esse discurso. Fazer religião no Brasil se traduziu de vez em fazer política (antes se tinha “religião na política”, agora é “religião como política”).

A vitória de Lula será apresentada como uma espécie de “provação aos fiéis”. O que significa dizer que a Bíblia vem sendo deliberadamente maltratada. Associar Jesus com armas foi um dos efeitos positivos do bolsonarismo na religião. Efeito tão forte que o voto evangélico não foi impactado pelas barbaridades do Bolsonaro na pandemia nem a memória do governo Lula, especialmente para os mais pobres. Mas, enfim, a preferência de eleitores sem religião pode ter sido decisiva para a vitória de Lula. 

Segundo as novas projeções, o grupo de evangélico corresponde hoje a cerca de 1/3 da população brasileira. Já a presença católica é estimada em cerca de 50% da população. Os eleitores sem religião seriam 12%.

Enfim, pode-se criar um Jesus armamentista com base na Bíblia? Não! Cabe aos evangélicos de esquerda tratar de religião também! Pode-se ler o Evangelho pela ótica da pobreza, da periferia. Mas não será uma atarefa simples, nem fácil!


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