A concentração da força política em um número menor de siglas.
Enquanto a eleição de 2018 foi a que teve a maior fragmentação partidária na história das eleições mundiais, essa já não o é. Essa eleição de 2022 (1º turno) compactou o quadro partidário na Câmara. A Casa só terá 19 representações partidárias, o menor número desde 2002 (e pode chegar a 18 se o Pros e o Solidariedade oficializarem a fusão). É o início da temporada de fusões – o enxugamento do quadro partidário e a concentração de forças relevantes da política em menos siglas. Afinal, eles não querem ficar sem fundo partidário e tempo de televisão.
Destaques:
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De
um lado, os partidos de esquerda se fundiram, ainda que provisoriamente nas
federações;
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A
direita bolsonarista se concentrou antes das eleições em 3 partidos (PP, PL e
Republicanos);
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Houve
também a consolidação de 2 partidos grandes (de direita): União Brasil + PSD;
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Entre
as legendas de esquerda, há uma fragmentação maior e pesos diferentes. O PT
ganhou mais relevância em relação aos demais do mesmo campo – a sua federação
com PCdoB e PV elegeu 80 parlamentares. Já PDT e PSB elegeram, respectivamente,
17 e 14 deputados federais. No centro, MDB e a federação de PSDB-Cidadania têm
42 e 18 deputados, respectivamente.
· Voltamos para uma democracia multipartidária, mas não extremada.
Enfim, duas siglas robustas tendem a se
fundir para aumentar o poder de influência. Elas podem construir uma nova sigla
que será a fiel da balança para a governabilidade: PP e União Brasil.
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