Se apenas a prosperidade social determinasse o perfil de um país, como explicar que nos EUA republicanos e democratas se sucedem no poder? Isso também vale para o Brasil! Vejamos...
O Brasil seria conservador se... Lula não tivesse chegado na frente. Então, o correto é dizer que o país é “majoritariamente” conservador, porque o bolsonarismo também avançou muito, elegendo senadores, dando votações espetaculares a ex-ministros que tiveram péssima atuação, como Eduardo Pazuello (na Saúde) e Ricardo Salles (no Meio Ambiente). É um país com tendência conservadora porque elegeu um Congresso de maioria conservadora.
Essa realidade crua desmentiu parcialmente as pesquisas, estragou ilusões e arruinou esperanças. Um golpe na situação como ela deveria ser. Então teremos que conviver com o útil (Lula) e o desagradável (o bolsonarismo). Dependerá de capacidade de negociação superior e respeito aos princípios republicanos. Afinal, existem muitas alianças entre diferentes camadas, visões de mundo divergentes.
De um lado, uma pequena elite abastada; do outro, muita gente vinda do interior sofrido para uma vida difícil da periferia dos grandes centros urbanos (e até vice-versa). Vai pulsar aí complexidade e dependência. Dependência de políticas sociais que fará vencedoras alianças progressistas.
Enfim, o mérito não é um valor absoluto.
A solidariedade é importante para manter o tecido social coeso. É preciso
convivência cotidiana e proximidade para entender e interpretar esses anseios.
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