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São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
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"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

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segunda-feira, 10 de outubro de 2022

Tempestade no ensino superior do Brasil.

Prepare o seu coração...

·       Há uma majoritária participação do setor privado no ensino superior. Enquanto na média dos países da OCDE (em sua maioria, nações desenvolvidas), 29% dos universitários estão em instituições particulares, o percentual aqui no Brasil chega a 75%. É uma porção muito expressiva das matrículas no setor privado!

·       E tem mais, por aqui, a média de estudantes por docente, pelos cálculos do relatório, chega a 50 para 1, enquanto na maioria das nações comparadas, essa relação fica abaixo de 20, tanto que a média da OCDE é de 17 para 1 no setor privado.

·       A explicação para essa discrepância está no ensino a distância, que tem crescido de forma desmensurada nos últimos anos no Brasil. Por exemplo, há grandes grupos privados que chegam a manter uma relação de alunos por professor na modalidade a distância superior a 400!

·       É baixa a proporção de adultos com nível superior no Brasil. Considerando tanto o setor público quanto o privado, apenas 49% dos que ingressaram num curso superior haviam se formado 3 anos depois do período teórico de duração do curso (ou seja, para um curso de quatro anos, essa conta é feita sete anos depois do ingresso). Na média da OCDE, esta proporção chega a 68%.

·       Ter superior no Brasil é um grande privilégio. Por ser restrito a poucos, outra conta em que o Brasil sempre aparece destoando dos países ricos é no retorno financeiro do diploma universitário. Por aqui, em média, um adulto com nível superior recebe o 4x (o quádruplo) de um que não completou o ensino médio. Na OCDE a diferença representa o dobro.

Enfim, para amenizar esse problema, precisamos tanto ampliar o número de vagas nas universidades públicas e institutos de ensino superior, bem como redobrar os esforços para manter os estudantes até o fim do curso, dando a eles oportunidade de permanecer nos estudos. É preocupante o que o MEC do Governo Bolsonaro tem feito com nossas instituições, ao passo que o mercado tem impulsionado a expansão do sistema de educação a distância, com pouco controle sobre sua qualidade.



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