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São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
Professor, (psico)pedagogo, coordenador pedagógico escolar e Especialista em Educação.
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"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

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segunda-feira, 10 de outubro de 2022

Previsões Brasil - 2023 (III).

 

·       Bolsonaro elegeu 20 de 27 senadores, e a bancada de seus aliados está gigantesca na Câmara, com 273 deputados. Isso terá implicações relevantes no novo governo. O orçamento secreto já produziu muitos efeitos nestas eleições. Se pensarmos na questão da governabilidade, em caso de reeleição, praticamente não existirá resistência no Congresso, e o atual presidente ainda terá o bônus de nomear 2 novos ministros para o STF.

·       Se Lula se eleger, haverá exigência de grande habilidade de negociação e composição para encontrar caminhos de governar com a maior bancada conservadora/reacionária desde a redemocratização. E hoje o panorama econômico é muito diferente de 20 anos atrás, com grande necessidade de ajuste fiscal sério.

·       As pautas, que normalmente movem as pessoas a se identificar politicamente, ficaram em segundo plano.

·       A independência da Justiça é condição essencial para a sobrevivência de qualquer democracia. O “empacotamento” de tribunais superiores é a marca de ditaduras e autocracias. Na prática, equivale a um golpe. Foi o que fez, na ditadura militar brasileira, o presidente Castello Branco, ao elevar de 11 para 16 os ministros do STF, na tentativa de acabar com uma maioria desfavorável aos militares (com o AI-5, 3 foram aposentados, 2 renunciaram e o presidente Costa e Silva restabeleceu os 11). O cBozo passou a defender com mais força o aumento de cadeiras do STF de 11 para 21, alegando que a atual composição da Corte é muito esquerdista. Há um clima geral de tentativa de controlar as decisões e manter uma aparência de normalidade democrática.

·       O grande vencedor do 1º turno foi o Orçamento Secreto, ao mesmo tempo reelegendo-se e sendo o grande eleitor. Reelegeu o Parlamento. Encaminhou a reeleição de Lira à presidência da Câmara, o que equivale também à reeleição do controle do mecanismo. A medida da força eleitoral do troço é grande. O bolsolão fez bancada bolsonarista. A gestão autoritária de quinhão bilionário elegeu, em contagem conservadora, cerca de 250 parlamentares. A competitividade eleitoral do bolsonarismo neste 22, palpável na formação do Congresso, deriva de um esquema de corrupção. É a corrupção que financia o movimento autocrático. A musculatura de Bolsonaro, neste segundo turno, vai anabolizada pelo sucesso de um esquema de corrupção que, reeleito o presidente, tem corpo e caixa prontos para bancar um Orbán (presidente da Hungria). 


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