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"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

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terça-feira, 11 de outubro de 2022

Somos livres pra brincar de Gato e Rato?

Eu tenho o direito de tentar te dominar...

... E você tem o dever de não deixar ser seduzido (ou deixar). 

Somos livres pra brincar de Gato e Rato? Com regras, sim! Mas, é de outra forma que pensa a elite midiática e financeira global: a vida social é feita de erros e acertos, mas, sobretudo, do direito incondicional de “investidas”. Logo, seria legítimo fazer os “melhores” ataques para se dar bem. Em outras palavras, eu tenho o direito de tentar te dominar e você tem o dever de não se deixar ser seduzido (ou de deixar). Caso não cumpra bem a sua obrigação, o problema é seu! 

O direito comum a quem domina e a quem obedece é o princípio de exercer a liberdade. Somos livres para atacar e para se defender. Somos livres para fazer a guerra, mas a guerra com arte – a tal “arte da guerra”. Uma guerra refinada, requintada, amorosa e “racionalmente” arquitetada que satisfaça o desejo nato de controlar, subverter e enriquecer. Alguém já chamou a isso de “capitalismo selvagem”.  

A diferença da violência que acontece na selva da que acontece na civilização é nenhuma. Ambas são muito cruéis, uma só é mais explícita do que a outra. Na civilização, como já se disse, a guerra é mais dissimulada, hipócrita, cheia de joguinhos psicológicos que envolvem truques simbólicos de linguagem, tecnologia, oratória, inflação, juros, controle do tempo, corrupção, lucros e outras coisinhas mais. Mas, no final das contas, se morre e se mata do mesmo jeito – lentamente, sugando a energia vital de outro ser para sobreviver e ter.

Aí adentramos no principal motivo da guerra. Novamente, tanto a guerra de lá quanto a de cá, ela acontece pelo desejo de recursos. Fome e comida. Veja a opinião do GLOBO, por exemplo. A empresa jornalística (de guerra) acha que o TSE foi longe demais ao combater desinformações. Ela acredita no “vale-tudo” e, portanto, chama de “intromissão no trabalho” – mesmo que ruim – de veículos de imprensa. O predador aqui se camufla num conceito perigoso, ao que chama de “censura indevida” para justificar a barbárie da direita sobre a esquerda.

Se os veículos de imprensa não desejam ser julgados, precisam então fazer autocrítica de sua qualidade o tempo todo. Eles veiculam informações das vidas das pessoas, impactando inclusive o coletivo. Um título malfeito prejudica muito, informações erradas mais ainda. Insinuações e imagens tendenciosas ferem reputações e vidas. Afinal, torna-se contraditória uma mídia social praticar aquilo que ela diz combater – a desinformação deliberada ou a suposta informação distorcida. 

É por isso que não basta só se defender dos ataques. Precisamos construir uma sociedade livre de predadores – e eles estão por todos os lados. Mas, não seria frágil demais uma sociedade formada só de presas? Claro! O mundo é cruel e globalizado demais pra gente não aprender a atacar e se defender quando preciso for.

Enfim, enquanto os instintos de gato e rato não forem regulados, a natureza humana se sentirá à vontade para brincar de picula, sem regras.

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