Tragédia Social: empobrecimento da população.
38,7 milhões de brasileiros vivem em lares sem nenhuma renda do trabalho – é o equivalente à população inteira do Canadá! Ainda numa faixa de 2% da população, estão 4 milhões que não recebem nenhum tipo de remuneração (não contribuíram para a Previdência o suficiente para se aposentar ou não têm idade nem preenchem as condições necessárias para receber o BPC: ter mais de 65 anos e comprovar ser incapaz de se sustentar sem o auxílio).
Hoje, 25,7% da população nordestina vive em domicílios sem renda de trabalho e, dos ocupados, 57,1% estão na economia informal.
Um cenário social de extrema dificuldade...
Nunca se trabalhou tão pouco no Brasil! Isso joga as pessoas na dependência de auxílios do governo para sobreviver (rendas assistenciais, estratégias precárias e de previdência de baixa remuneração), e somente educação pode mudar esse estado de coisas. Pandemia, desemprego, informalidade, baixa qualificação, empobrecimento, vínculos mais frágeis com o mercado de trabalho... Muitos perderam o pouco capital que tinham, coisas simples, como uma barraca, um carrinho de pipoca, para conseguir se manter ou pelo menos alugar.
A economia não cresce, ou cresce pouco, sem gerar empregos e renda na medida que as famílias precisam. Mesmo no mercado informal. O Brasil precisaria de um crescimento estável na faixa de 4% ao ano para reativar os investimentos na economia e gerar empregos de qualidade.
E há ainda mudanças que estão ocorrendo no mercado de trabalho. Tarefas simples, repetitivas e manuais são cada vez mais substituídas por máquinas e sistemas de inteligência artificial. Os empregos formais estão sendo criados para tarefas não repetitivas que exigem capacidade de negociação e análise. O avanço tecnológico já afeta o emprego no Nordeste, para onde foram grandes centrais em busca de mão de obra farta e barata. Com o avanço da automatização, a região passou a perder essa vantagem na atração de certo tipo de empresas.
Enfim, é preciso melhorar com urgência a
qualidade do ensino público básico, investir em cursos profissionalizantes e a
qualidade do ensino nas universidades. Não há escapatória.
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