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São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
Professor, (psico)pedagogo, coordenador pedagógico escolar e Especialista em Educação.
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"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

terça-feira, 25 de outubro de 2022

Sem renda do trabalho.

Tragédia Social: empobrecimento da população.

38,7 milhões de brasileiros vivem em lares sem nenhuma renda do trabalho – é o equivalente à população inteira do Canadá! Ainda numa faixa de 2% da população, estão 4 milhões que não recebem nenhum tipo de remuneração (não contribuíram para a Previdência o suficiente para se aposentar ou não têm idade nem preenchem as condições necessárias para receber o BPC: ter mais de 65 anos e comprovar ser incapaz de se sustentar sem o auxílio).

Hoje, 25,7% da população nordestina vive em domicílios sem renda de trabalho e, dos ocupados, 57,1% estão na economia informal.

Um cenário social de extrema dificuldade...

Nunca se trabalhou tão pouco no Brasil! Isso joga as pessoas na dependência de auxílios do governo para sobreviver (rendas assistenciais, estratégias precárias e de previdência de baixa remuneração), e somente educação pode mudar esse estado de coisas. Pandemia, desemprego, informalidade, baixa qualificação, empobrecimento, vínculos mais frágeis com o mercado de trabalho... Muitos perderam o pouco capital que tinham, coisas simples, como uma barraca, um carrinho de pipoca, para conseguir se manter ou pelo menos alugar.

A economia não cresce, ou cresce pouco, sem gerar empregos e renda na medida que as famílias precisam. Mesmo no mercado informal. O Brasil precisaria de um crescimento estável na faixa de 4% ao ano para reativar os investimentos na economia e gerar empregos de qualidade.

E há ainda mudanças que estão ocorrendo no mercado de trabalho. Tarefas simples, repetitivas e manuais são cada vez mais substituídas por máquinas e sistemas de inteligência artificial. Os empregos formais estão sendo criados para tarefas não repetitivas que exigem capacidade de negociação e análise. O avanço tecnológico já afeta o emprego no Nordeste, para onde foram grandes centrais em busca de mão de obra farta e barata. Com o avanço da automatização, a região passou a perder essa vantagem na atração de certo tipo de empresas.

Enfim, é preciso melhorar com urgência a qualidade do ensino público básico, investir em cursos profissionalizantes e a qualidade do ensino nas universidades. Não há escapatória.

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