No dia de Nossa Senhora Aparecida, a milícia bolsonarista perseguiu padres em Aparecida, vaiou a homilia da missa principal, gritou palavrões e ainda fez brindes com latas de cerveja dentro da igreja. Atacam os padres durante os sermões, destroem imagens de santos e correm atrás de quem veste batina. O cristianismo (como filosofia) nasceu em meio ao descalabro da escravidão, da pobreza brutal e da miséria civilizacional – pedofilia, satanismo, matanças entre os clãs e abusos de poder. Enfim...
Os loucos às vezes se curam; os imbecis, nunca (Oscar Wilde).
Quem mente a si mesmo e escuta as próprias
mentiras chega ao ponto de já não poder distinguir a verdade dentro de si mesmo
(Dostoiévski).
A democracia tem suas falhas e precisamos estar preparados para o caso de elas ocorrerem.
É impossível existir um desenho eleitoral perfeito, que não venha a ter risco de gerar o resultado exposto anteriormente. No fundo, é por isso que estamos inseguros quanto ao resultado final do pleito.
Onde mais erramos? Fizemos o jogo do bolsonarismo ao ceder nossas emoções às polêmicas inflamadas de sua agenda ideológica de ataques a muitas linhas de frente. Perdemos a oportunidade racional de tentar unir o país em torno de uma pauta. O povo de coração incendiado levado ao desejo de combater uma grande injustiça, que tal? Afinal, o movimento abolicionista nos ensinou que é possível derrubar um regime inteiro com essa estratégia.
Enfim, no meio desse caminho uma pedra:
o problema do incentivo e do censo de coletividade. Estivemos tão separados em
bolhas que não sabemos onde tudo isso vai dar. Uma espécie de “cada um por si e
Deus por todos”. O problema é que o mote do bolsonarismo é “Brasil acima de
tudo, Deus acima de todos”.
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