Quem sou eu

Minha foto
São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
Professor, (psico)pedagogo, coordenador pedagógico escolar e Especialista em Educação.
Obrigado pela visita!
Deixe seus comentários, e volte sempre!

"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

Arquivos do blog

quinta-feira, 6 de outubro de 2022

Piso salarial da enfermagem.

 Típica promessa eleitoral de campanha, o novo piso salarial da enfermagem não pode se transformar em mais um piso na saúde brasileira.

Ninguém duvida da importância que os profissionais de enfermagem têm para o sistema de saúde, especialmente depois de uma pandemia tão letal. Mas, o aumento do piso da categoria foi aprovado num ambiente de vale-tudo pela caça aos votos, não importando o custo dos desvarios. Não adianta conceder o benefício sem mostrar como pagá-lo, contrariando o que manda a própria lei.

Estima-se que existam R$ 34 bilhões em contas de fundos de saúde. Eles poderiam ser usados para pagar esse reajuste aos enfermeiros. Mas, não seria temerário e frágil destinar recursos ou verba do combate à Covid-19 da pandemia como “puxadinho orçamentário” em piso eleitoreiro? Afinal, a pandemia ainda não foi totalmente vencida e sua verba é emergencial, transitória, enquanto os gastos com o novo piso – R$ 4.750 para enfermeiros, R$ 3.325 para técnicos de enfermagem e R$ 2.375 para auxiliares e parteiras – perdurarão no Orçamento.

O relator do projeto é o senador Marcelo Castro (MDB-PI). E esse novo valor foi sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro em agosto, mas foi suspenso por liminar do STF, pois a lei não apresentou fonte para financiar as novas despesas. A CNM estima que o novo piso acarretaria despesas adicionais de 9,4 bilhões e que 32.500 profissionais de enfermagem poderiam ser demitidos. Haveria estrago nas equipes dos programas de saúde da família e noutros fundamentais para os cidadãos. Além da rede pública, a proposta ainda precisa contemplar os hospitais particulares e filantrópicos. O novo piso também terá impacto incontornável nos planos de saúde e no próprio SUS, cuja tabela demanda revisão.

Enfim, a proposta já foi aprovada pelos Senadores e seguirá agora para a Câmara. Segue também a indefinição da fonte de recursos decentes para sustentá-la. Típica promessa eleitoral de campanha, o novo piso salarial da enfermagem não pode se transformar em mais um piso na saúde brasileira.

Nenhum comentário:

Postar um comentário