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São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
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"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

sábado, 22 de outubro de 2022

Indecisos, Traidores e Abstenções.

A decisão será dos voláteis.

A decisão do 2º turno presidencial será dos indecisos (5% sem preferência) e dos traidores (6% não convictos) = 11%.  Há também as abstenções (20,95% no 1º turno). Aqueles que ainda não escolheram seu candidato ou aqueles que podem mudar de lado é que decidirão o futuro líder da nação. Um contingente de 17,16 milhões de eleitores (Bolsonaro precisa conquistar 6,2 milhões deles ou 1 a cada 3). Segundo algumas estatísticas, se a abstenção chegar a 24%, Bozo também tem boas chances de se eleger.


Poderíamos comparar essas Eleições Polarizadas 2022 com um racha agressivo de torcidas organizadas de futebol ou com o clima belicoso dos antigos coliseus romanos. Mas, elas estão sendo incomparáveis tamanha é a imprevisibilidade.

A indecisão não é um mal em si. Ruim é essa gritaria vã, cozida num caldeirão de tolices aquecido pela guerra religiosa e pelas fake news. A estridência é o pior dos caminhos, desnecessária fervura que mais afasta do que agrega. Porém, entre todos os fatores que podem influenciar a escolha dos “voláteis”, só um tem data marcada: o debate na TV Globo, no dia 28, na sexta-feira anterior ao voto.

Enfim, quem ainda não sabe se tecla 22 ou 13 ou os que podem pular de lado definirão o pleito. É o eleitor indeciso quem decidirá.


Perfil desse grupo:

·       É primordialmente feminino (mulheres acima de 45 anos) e pouco engajado politicamente.

·       Não costuma pautar suas decisões no discurso ideológico, e sim em questões práticas da vida cotidiana.

·       A divergência que mais se ressalta entre eles é a presença maciça de evangélicos entre os não convictos – o que explica a batalha religiosa dos últimos dias e sugere uma vantagem para Bolsonaro.

·       O que mais os preocupa é a economia e a fome, miséria e desemprego. Logo, o bolso ganha disparado, mais do que na média da população em geral, onde a vulnerabilidade econômica também bate forte.

·       Eles se concentram primordialmente na Região Sudeste (SP, RJ e MG), têm renda familiar de até 5 salários mínimos, são de ambos os gêneros e de faixas etárias diversas.

·       “Nenhuma campanha que pretenda sair vitoriosa pode desprezar ele eleitorado. Aliás, tem, isto sim, de mirar nele”.

Estratégias das campanhas para atraí-lo:

·       Voto volátil se define por novidade. Alguma coisa está guardada na manga, porque pauladas na “corrupção” (antipetismo) e na “má gestão da pandemia” (antibolsonarismo) já demonstram sinais de cansaço.

·       Ciscar o território alheio, sempre lembrando pacotes de bondades para atrair eleitores.

·       “Nunca em uma eleição presidencial um candidato invadiu tanto a agenda do outro”. O objetivo é abocanhar nacos do eleitorado do adversário, tudo do jeito que for preciso.

·       As campanhas sinalizam que, no próximo embate, haverá temperatura elevada e chumbo grosso, sempre com o objetivo de influir no julgamento de quem ainda não sabe em quem vai votar.

Particularidades desse pleito:

·       São dois polos muito intensos, capazes de mover paixões e multidões.

·       Uma percepção de que é preciso criar fatos novos o tempo todo, estragar a imagem um do outro, garantir superioridade e fidelizar os eleitores já marcados.

·       Grupos monitorados acham que Bolsonaro “não tem propostas” e que Lula “se rende muito ao passado”.

·       O que expõe a mais gritante particularidade deste pleito: a decisão, de fato, dependerá de quem reluta em decidir.

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