Sem renda do trabalho... A desigualdade regional aumentou!
O total de brasileiros em lares em que ninguém tem emprego, nem informal, chegou a 38,7 milhões (17,9% da população). Essas famílias vivem de benefícios sociais, aposentadorias, pensões ou com a ajuda de parentes. Em alguns casos, sendo otimista, aluguéis, juros e dividendos.
Isso significa que uma série de pessoas está vivendo exclusivamente de rendas assistencialistas, estratégias precárias e previdência de baixa remuneração. A renda informal não retornou para as famílias no mesmo nível de antes. São menos recebedores, com renda menor e vínculos mais frágeis.
75% da renda familiar costuma vir do trabalho. Mas há 2% da população (4 milhões de pessoas) que não recebem qualquer tipo de remuneração. É a maior parcela já registrada de brasileiros sem qualquer tipo de renda! A situação é mais crítica no Nordeste: 25,7% da população vivem em domicílios sem renda do trabalho. Entre os ocupados na região, 57,1% são informais. O trabalho só tem aumentado no Sul e no Sudeste. No Nordeste está estagnado.
Está havendo uma transição no mercado de trabalho, com as tarefas simples, rotineiras, manuais sendo feitas por máquinas e inteligência artificial. Os empregos formais estão sendo criados para tarefas não repetitivas, que exigem capacidade de negociação e análise. É preciso ter essas habilidades cognitivas e muita gente não tem! É gente que vai se desengajar definitivamente.
Enfim, para superar tudo isso, a curto
prazo com políticas sociais sérias de transferência de renda; a longo prazo, é
preciso investir na infância, transferir mais recursos para as famílias com
crianças. Com a pandemia, aumentou o analfabetismo entre as crianças. É preciso
investir nelas para que se desenvolvam.
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