O ano que vem será difícil, não só pelos problemas econômicos, crise energética, eventos climáticos extremos, mas também porque ainda discutiremos algo que parecia sepultado para sempre: o perigo de um conflito nuclear.
A economia global emite há tempos, sinais de estar à beira de uma recessão.
1.
Há
risco de recessão no mundo. Alguns países ricos estarão em recessão.
2.
Crise
de energia na Europa (com o conflito na Ucrânia). Isso poderá levar a uma
desindustrialização do continente.
3.
EUA
e Europa desaceleram. EUA deixarão seus juros altos por muito tempo (hoje a
inflação beira os 8%).
4. China cresce bem menos que os 6% de antes da Pandemia. Menor ritmo desde 1990. E ela é o principal parceiro do Brasil (destino de mais de 30% de nossas exportações).
Já para o Brasil e os demais países emergentes, haverá mais dificuldades na obtenção de empréstimos a taxas baixas no exterior e provável alta no câmbio, provocada pela saída de divisas atrás de remunerações mais vantajosas lá fora. A valorização do dólar inevitavelmente terá impacto na inflação brasileira. O BC interrompeu seu ciclo de alta dos juros em 13,75%, mas a situação no ano que vem traz incerteza sobre a queda esperada doravante.
Enfim, o mínimo de sensatez nos convida a baixar a bola e enfrentar a nova fase com uma visão construtiva, sem ódio e radicalização artificial, porque numa conjuntura tão ameaçadora é preciso, pelo menos, economizar dificuldades.
Outras Considerações importantes:
·
Os
maiores desafios do mundo no atual cenário é a inflação, a guerra na Ucrânia e
a Covid-19. Neste ano, o PIB brasileiro pode crescer +2,8%, mas com projeção de
apenas 1% de expansão no ano que vem (abaixo da média global de 2,7% e de média
dos países emergentes de 3,7%), segundo o FMI.
· O mundo passa por uma transição econômica. A) Vários choques sucessivos puseram em xeque a velha ordem. Vivemos os momentos terminais da era baseada na cooperação econômica, em índices de inflação comedidos, taxas de juros baixas e previsibilidade. B) Agora a pandemia trouxe de volta a alta de preços, o aperto nos mercados de energia, aumento dos juros americanos e do dólar, até a possibilidade de crise financeira global. C) isso é ruim para governos, porque são pressionados a fazer o que for necessário para manter o aperto monetário e combater a inflação. Isso significa não extrapolar os limites orçamentários, tornando difícil o cuidado aos mais pobres.
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