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"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

segunda-feira, 31 de outubro de 2022

Lula/Amor, Campeão!

“Não existem dois Brasis”.

Resgatamos nossa bandeira!

Foi a mais acirrada disputa pelo Planalto já ocorrida! Enfrentamos ódio, fascismo e o uso pesado da máquina do Estado a favor da barbárie. Não estava em jogo apenas uma vitória, mas a própria Democracia. Apesar de todos os obstáculos, alcançamos a chegada, vitoriosos (com o recorde de 60,3 milhões de votos ou 50,89% contra x 58,2 milhões de votos no JB ou 48,91%, apenas 2 milhões a mais) demos um basta ao autoritarismo tóxico e aos desmandos contumazes do fracassado JB (único presidente no mandato a não conseguir reeleição).

Lula se torna o primeiro político brasileiro a conquistar três mandatos nas urnas (democraticamente). Será o mais velho a assumir o cargo, em 1º de janeiro, aos 77 anos. Concluído seu 3º mandato, Lula terá ficado 12 anos no poder (período superado apenas pelo ditador Getúlio Vargas). A vitória foi fruto de um imenso movimento democrático que se formou acima dos partidos.

Lula deseja conversar com todos os setores da sociedade para construir consensos. Aliás, capacidade de diálogo e negociações é uma das suas principais qualidades. Logo, vai precisar jogar muito para reerguer o país dos escombros do bolsonarismo.

“A Constituição rege a nossa existência coletiva, e ninguém, absolutamente ninguém, está acima dela, ninguém tem o direito de ignorá-la ou afrontá-la” (Lula, em seu discurso da vitória).

A direita espera que Lula aja como líder de uma frente plural, não como ungido por uma facção. Espera-se que ele se aproxime mais do Centro com mais viés político e menos ideológico. Será uma disputa acirrada nos diagnósticos e nas definições de prioridades, no tocante à competência de execução das políticas públicas. Assim, a direita está cheia de perguntas: qual sua proposta para substituir o teto de gastos e se equilibrar nas contas públicas? Que fará a respeito da reforma trabalhista e das privatizações? Que tem a dizer sobre as reformas tributária e administrativa? Qual será o papel dos investimentos do Estado e dos bancos públicos? Enfim, o Congresso trocou seu poder legítimo, de legislar e fiscalizar o Executivo, pela prerrogativa ilegítima de desviar larga parcela dos recursos públicos por meio do “orçamento secreto”. Terá Lula a ousadia de mobilizar o capital eleitoral acumulado para formar uma maioria parlamentar disposta a derrubá-lo?

Mais recentemente, em nome de uma “democracia militante” ausente das leis brasileiras, confundiram o indispensável combate ao golpismo com o direito de censurar a opinião idiota. Lula terá a coragem de explicitar os limites entre justiça e política, tanto pelo uso da palavra presidencial quanto por suas indicações ao STF e à PGR? E essa facção de altos oficiais militares da reserva que instilou a política no interior dos quartéis? São centenas de postos na administração direta e estatais em que se empregou militares. A “anarquia militar” voltou a rondar o Brasil. Terá Lula o desassombro de reverter inteiramente esse curso de militarização da vida pública, começando a tarefa pela nomeação de um civil para a Defesa e concluindo-a pelo patrocínio de legislação que vete a atividade política a militares da reserva remunerada?

Em termos monetários, será preciso um esforço fiscal na casa de R$ 240 bilhões, sem contar as despesas represadas, como reajuste do funcionalismo, as medidas eleitoreiras de difícil reversão ou as promessas de campanha que representam despesas extras acima de R$ 100 bilhões.


Essa direita traça dois perfis de Lula:

1º) O social-democrata (da 1ª metade do 1º mandato): defendeu um ajuste fiscal de longo prazo capaz de reduzir a dívida pública, aumentou o superávit primário, promoveu reformas para melhorar o ambiente de negócios, aperfeiçoou instrumentos de crédito e reduziu restrições à concorrência no setor privado.

2º) o nacional-desenvolvimentista (que veio em seguida): apoiou o aumento dos gastos, a distribuição de benefícios aos aliados do governo, setores e empresas escolhidos a dedos em troca de apoio ao projeto de governo e que se expôs a golpes como o da Lava-Jato e muitas acusações infundadas de corrupção.

 

Assim, resumiria a direita: “Lula está lá não apenas por ser Lula, mas sobretudo por não ser Bolsonaro”. Dele espera um líder da coalizão plural pela democracia que o devolveu ao poder. Não creio que a gigantesca tarefa de recolocar o Brasil no rumo dependa apenas de um novo presidente, mas não seria possível fazê-lo sem ele. O processo de redemocratização que nos trouxe do exílio vive uma nova chance. Agarremo-la com força!

Enfim, o triunfo de Lula representa o êxito da Democracia, ameaçada nos últimos quatro anos pelo bolsonarismo. A história do nosso novo presidente é repleta de reveses e superação ao longo de toda a sua vida. Estamos em boas mãos!

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