Quem sou eu

Minha foto
São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
Professor, (psico)pedagogo, coordenador pedagógico escolar e Especialista em Educação.
Obrigado pela visita!
Deixe seus comentários, e volte sempre!

"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

Arquivos do blog

sábado, 22 de outubro de 2022

A IV Revolução Industrial.

Ela se alimenta de inovação disruptiva... Indústria 4.0!

O próximo século nos traz o desafio de reconstruir o Brasil. Mas, que país nós queremos? Precisamos tornar o Brasil uma nação bem educada, economicamente próspera, socialmente justa, politicamente democrática, tecnologicamente avançada e ambientalmente sustentável. 

Pouca gente sacou que estamos passando por uma intensa formatação dos processos de produção. A indústria sempre desempenhou papel de grande relevância nas transformações ocorridas na sociedade brasileira, especialmente no desenvolvimento econômico, social e tecnológico do país.

Desde a importância dos engenhos de açúcar para a economia do Brasil colonial e das pequenas fábricas instaladas por imigrantes ainda no período imperial, passando pelo ciclo de industrialização que se iniciou após o advento da República e alcançou seu ápice na década de 1950, com a chegada da indústria automobilística ao país, até os dias de hoje, com a incorporação de tecnologias disruptivas (desestabiliza o velho e seus concorrentes e cria um novo mercado) e a digitalização dos processos de produção que caracterizam a Quarta Revolução Industrial. 

Essa IV Revolução Industrial é baseada na “destruição criativa” no atual mundo dos negócios. É feita de um produto ou serviço que cria um novo mercado e desestabiliza os concorrentes que antes o dominavam. Para compreendê-la é preciso entender que o capitalismo funciona em ciclos, e cada nova revolução (industrial ou tecnológica) destrói a anterior e toma seu mercado – um moderno radical. Assim, usa muita tecnologia e inovação, sobretudo a Inteligência Artificial.

Para entender melhor, vejamos alguns exemplos clássicos:

A)   PCs substituindo os antigos computadores mainframe; telefones celulares roubando o lugar dos fixos;

B)    A Wikipédia, que sabotou milhares de vendedores de enciclopédia e serviços pagos de enciclopédias online;

C)    O Airbnb, que tira do sério associações hoteleiras;

D)   Aplicativos como Easy Taxi e 99Taxis, que tomaram o lugar das empresas de rádio-taxi;

E)    Serviços como o Netflix, que jogaram para a irrelevância as video-locadoras;

F)    O Google, que fez milhões de pessoas esquecerem que precisavam de listas telefônicas.

G)   Etc...

Como toda criatura, tem seu lado bom e mau.

1.     O lado bom: se for numa pegada de “inovações sustentáveis” não chegam a criar um novo mercado e concorrem com outras empresas de forma mais tradicional. Ou, para que os pioneiros não fiquem vulneráveis, a única saída seria fazer auto-disrupção. Um exemplo: a própria HP investindo em linhas de PCs populares antes que a Lenovo o faça. Quando uma empresa lança uma tecnologia mais barata, acessível e eficiente, mirando margens de lucros menores, cria uma revolução. Deixa obsoleto quem antes era líder de mercado. Começa como algo mais simples, prático, alternativo para um público modesto e depois abocanha todo o segmento. Outro ponto é que as inovações disruptivas dão mais informação e poder de escolha ao consumidor, facilitam processos e barateiam produtos, que assim se tornam acessíveis a mais gente. “Uma inovação disruptiva dá a novos consumidores acesso a produtos historicamente apenas disponíveis para consumidores com muito dinheiro ou habilidades” (Marc Andreessen, empreendedor e investidor famoso do Vale do Silício).

2.     O lado mau: Costuma irritar um bocado de gente, pois um negócio assim geralmente provoca demissão de milhões de pessoas, falência de empresas ou pelo menos quedas repentinas no lucro que forçam concorrentes a mudar de rumos.

É fundamental que se busque o fortalecimento da indústria nacional – o que requer ações robustas e simultâneas, em duas frentes. 1ª) a superação dos antigos obstáculos que elevam os custos das empresas e afugentam investimentos, como o sistema tributário complexo, oneroso e cumulativo, a infraestrutura precária, a insegurança jurídica e a baixa qualidade da educação; 2ª) a adoção de uma política industrial moderna, com visão de longo prazo, que promova a produtividade e a inovação, alinhadas às melhores práticas internacionais, e permita às indústrias brasileiras se integrarem às cadeias globais de valor.

Enfim, nessa IV Revolução Industrial precisamos reafirmar o nosso compromisso com o desenvolvimento econômico, social e tecnológico do país, de forma ambientalmente sustentável. É fazendo o “dever de casa” que o Brasil voltará a se reconfigurar entre as nações mais desenvolvidas do planeta, em um futuro não muito distante – um futuro que traga mais renda, qualidade de vida e bem-estar para toda a população. Afinal, em pleno século XXI, é fundamental que se busque o fortalecimento da indústria nacional, pois não existe país forte sem uma indústria forte.

Nenhum comentário:

Postar um comentário